Esporte

Filho de parisiense, o baiano Ulan Galinski vai representar o Brasil no ciclismo Mountain Bike

Atleta da Caloi Henrique Avancini Racing, Ulan Galinski valoriza o apoio da equipe para maximizar o desenvolvimento dele nas competições

Divulgação / Caloi Henrique Avancini Racing
Divulgação / Caloi Henrique Avancini Racing

Filho de um parisiense com uma baiana, Ulan Galinski é um dos atletas baianos que vai representar o Brasil nas Olimpíadas de Paris 2024, que começa no dia 26 de julho. Ele estará no ciclismo mountain bike cross country.

Em entrevista ao Portal Salvador FM, Ulan Galinski falou sobre a sensação de poder competir na terra natal do pai, em Paris. Ele contou que vai se sentir em casa.

“Algumas pessoas da família falam que eu sou franco brasileiro, mas eu prefiro dizer que eu sou brasileiro baiano da Chapada Diamantina. Claro que é uma alegria e um prazer imenso. Eu lembro quando anunciou que seria Paris a cidade sede das olimpíadas 2024, eu senti algo muito especial. Já tive bons momentos em família em Paris, é um lugar que de certa forma eu considero minha segunda casa e, sinceramente, eu considero algo do destino e não tem muita explicação. Quando foi anunciado que seria lá, eu senti algo especial no meu coração acreditei que eu poderia estar presente, trabalhei muito para poder realizar esse sonho, explica Ulan.

Ulan Galinski em competição | Foto: Caloi Henrique Avancini Racing

Nascido na Chapada Diamantina, na Bahia, Galinski quer ser mais um baiano a fazer história nos jogos olímpicos. Nas Olimpíadas de Tóquio, em 2021, os baianos representaram o estado muito bem. Quatro atletas baianos conquistaram medalhas: três de ouro e uma de prata.

“É uma grande honra ser mais um baiano representando o Brasil em Paris, é com muita alegria que eu falo que eu sou da Bahia, da Chapada Diamantina, do Vale do Capão, ao mesmo tempo considero uma grande responsabilidade. A Bahia foi destaque nas Olimpíadas de Tóquio, foi o estado que mais teve medalhas de ouro, isso mostra o quanto os baianos estão fazendo um trabalho bem feito no cenário esportivo e eu quero ser mais um que vai dar alegria para o nosso povo”, conta Ulan.

O baiano viajou para Paris no último sábado (20) e recebeu uma grande surpresa ao desembarcar na capital francesa. O ciclista encontrou a tia, Catharina Galinski, que mora na França, é motorista voluntária dos jogos olímpicos e levou o sobrinho para a Vila Olímpica. O encontro foi por acaso e emocionou o atleta.

Ulan Galinski e Catharina Galinski em Paris | Foto: redes sociais

Ciclismo mountain bike

O mountain bike é uma disciplina do ciclismo presente nos Jogos Olímpicos desde Atlanta 1996.

Ulan vai disputar o ciclismo mountain bike cross country. A modalidade olímpica conta com um percurso de 4 a 5 quilômetros, cheio de obstáculos, com subidas, descidas, rampas e pedras. A largada da prova é única, com todos os participantes juntos e definida pelo ranking mundial. Os atletas terão que dar cerca de 6 a 8 voltas no circuito. A duração da prova varia de 1h e 20 minutos a 1h  e meia. A categoria feminina será disputada no dia 28 de julho e a masculino no dia 29, ambos às 14h.

Ulan Galinski em competição | Foto: Caloi Henrique Avancini Racing

Atleta da Caloi Henrique Avancini Racing, Ulan Galinski valoriza o apoio da equipe para maximizar o desenvolvimento dele nas competições.

“Estou buscando fazer a melhor preparação da minha vida, para buscar ter a melhor performance da minha vida, ter uma sorte, um grande privilégio, ter um grande time que trabalha junto comigo, que está do meu lado, ao lado de toda a Caloi Henrique Avancini Racing. A gente tem toda a estrutura do time e isso vem facilitando bastante nesse processo. A expectativa é buscar aproveitar ao máximo essa experiência, é o momento único na vida de todo atleta profissional que sonha em viver o espírito olímpico”, diz o atleta.

O desafio de Galinski terá pela frente fortes nomes da modalidade como adversário. É o caso de Nino Schurter, da Suíça, detentor de três medalhas Olímpicas – ouro no Rio 2016, prata em Londres 2012 e bronze em Pequim 2008 – e dez Mundiais de cross-country, sendo o último em 2022.

“Não diria que é só o Nino, que tem experiência e capacidade física para ser medalha olímpica. Realmente tem cerca de 15 a 20 atletas que variaram nesses últimos anos entre ganhadores da Copa do Mundo e estiveram presentes no pódio das etapas da Copa do Mundo. A modalidade mountain bike é uma modalidade bem aberta, bem complexa, onde tudo pode acontecer e isso me dá esperança. Todos os atletas que vão estar presentes estão em busca da melhor performance da sua vida, estão buscando fazer a melhor preparação da sua vida e eu confio no trabalho que está sendo feito e realmente quero surpreender a todos. Acredito no trabalho do meu e de todo o time. É um dia, uma chance”, explica Ulan Galinski.