A Federação Internacional de Futebol (Fifa) e o Fifpro, o sindicato dos jogadores de futebol, revelaram um relatório que aponta diversos casos de ofensas online aos atletas, neste domingo (18). Os casos aconteceram principalmente durante a Copa do Mundo de 2022.
Durante o Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio da Organização das Nações Unidas, as duas entidades pediram a colaboração das plataformas de redes sociais para reduzir estes casos.
No relatório foram apontadas 19.636 postagens ou comentários com teor considerado ofensivo, discriminatório ou ameaçador ao longo do Mundial do ano passado, de acordo com dados do Serviço de Proteção das Redes Sociais (SMPS), nova ferramenta da Fifa para buscar conteúdo ofensivo nas redes sociais.
A ferramenta levou em consideração mais de 20 milhões de postagens e comentários no Facebook, Instagram, TikTok, Twitter e YouTube durante a competição.
Entre as ofensas identificadas, 74% vieram de países da Europa e da América do Sul. O jogo com o maior número delas foi entre Inglaterra e França, pelas quartas de final. Quase 290 mil comentários foram automaticamente ocultados dos usuários nestas plataformas.
"A discriminação é um crime. Com a ajuda desta ferramenta, nós estamos identificando os agressores e denunciando-os às autoridades para que sejam punidos por seus atos", disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino.
Infantino cobrou ainda medidas por parte das plataformas de redes sociais.
"Também esperamos que as plataformas das redes sociais aceitem sua responsabilidade e nos apoiem na luta contra todas as formas de discriminação. Nossa posição é clara: nós dizemos não à discriminação”, declarou.