A França chega pronta para subir de patamar e se afirmar como potência mundial. É sua terceira decisão de Copa do Mundo em 20 anos, algo que nenhum outro país atingiu nesse período. Se vencerem, os franceses conquistarão o bicampeonato, igualando-se a Argentina e Uruguai, e deixando Espanha e Inglaterra para trás.
A campanha da França até aqui é praticamente irretocável. São cinco vitórias (nenhuma na prorrogação) e um empate (contra a Dinamarca, na última rodada da fase de grupos, quando já estava classificada e poupou alguns titulares).
Mais do que isso: a França pode se orgulhar de ter ficado atrás no placar por apenas nove minutos nos seis jogos que disputou, ou seja, 1,66% do total de 540 minutos (sem contar os acréscimos). Esse raro momento de desvantagem ocorreu quando levou a virada da Argentina no início do segundo tempo, com gol de Mercado, nas oitavas de final, no minuto 48 (3 do segundo tempo). O empate com Pavard veio aos 57 (12 do segundo tempo). No total, a França esteve em vantagem por 212 minutos (39,25% do tempo de seus seis jogos) e em igualdade nos outros 319 (59,07%).
Esta já é a campanha mais expressiva da Croácia na história das Copas do Mundo. Participante como estado independente desde 1998 (onde conquistou o terceiro lugar), a seleção croata vai disputar sua primeira decisão de mundial. Se há dez anos o líder era Davor Suker, a chamada geração de ouro também tem seu craque bem definido: Luka Modric. Porém, desta vez, a seleção conta com uma constelação de coadjuvantes de luxo: Subasic, Vrsaljko, Rakitic, Perisic e Mario Mandzukic.
No jargão moderno do futebol, dá para dizer que a Croácia "aprendeu a sofrer" nesta fase de mata-mata da Copa do Mundo. A classificação para a final foi conquistada com prorrogações nas oitavas, quartas e semifinal. Só a última partida com a Inglaterra não precisou ser decidida nos pênaltis. Um desafio físico para a Croácia que jogou, além do tempo normal, mais 90 minutos – um "jogo a mais" nesta Copa do Mundo.
G1// Globo Esporte/// Figueiredo