Esporte

Cruzeiro critica juiz, pede investigação e cogita 'medida judicial'

Em nota, o time mineiro atacou o árbitro da partida, criticou a Conmebol e avisou que poderá até tomar "medidas judiciais" no caso.

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Cruzeiro e Boca Juniors jogaram na noite desta quarta, 19, na Bombonera, em Buenos Aires - Foto: Bruno Haddad | Cruzeiro

A diretoria do Cruzeiro não escondeu a indignação com a expulsão do zagueiro Dedé na derrota para o Boca Juniors por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, 19, na Bombonera, em Buenos Aires, pelas quartas de final da Copa Libertadores. Em nota, o time mineiro atacou o árbitro da partida, criticou a Conmebol e avisou que poderá até tomar "medidas judiciais" no caso.

"A diretoria do Cruzeiro Esporte Clube vem a público repudiar de forma veemente a expulsão absurda do zagueiro Dedé", registrou o Cruzeiro, em nota. "O clube considera que o juiz paraguaio Eber Aquino, por ato deliberado, praticou uma das maiores, mais lesivas e equivocadas decisões já tomadas na história do futebol, uma vez que o árbitro mesmo tendo a oportunidade de consultar o VAR no lance do jogo, conseguiu tomar uma decisão flagrantemente contrária ao que foi registrado pelas imagens."

>> Dedé prevê reavaliação de lance polêmico em derrota do Cruzeiro

No polêmico lance da partida, Dedé protagonizou jogada casual ao acertar sua cabeça no queixo do goleiro Andrada, após cruzamento da direita na área. Enquanto o goleiro recebia atendimento, Eber Aquino foi chamado pelo árbitro de vídeo e, após analisar a imagem, mostrou cartão vermelho direto para o zagueiro. O Cruzeiro já perdia por 1 a 0. Após ficar com um jogador a menos em campo, sofreu o segundo gol.

O lance gerou forte reclamação por parte dos jogadores e do técnico Mano Menezes. "O mundo inteiro está falando sobre o problema. Achei que as coisas iriam mudar. Prometeram mudar na Conmebol. Mudaram-se as direções, o comando da Confederação e agora viemos com o VAR, que seria usado para não termos grandes injustiças no futebol, mas hoje estamos vendo isso aqui", declarou o treinador.

Em comunicado, a diretoria cruzeirense, pediu investigação do caso. "É imprescindível que a Conmebol determine a abertura de investigação formal contra esse flagrante e imponderável atentado contra o futebol brasileiro", afirmou o clube.

"A cúpula celeste informa, também, que está estudando as melhores opções para ingressar à Conmebol na busca por amenizar o tamanho prejuízo técnico decorrido da expulsão de Dedé, inclusive buscando por medidas judiciais contra os autores desta covardia."

O clube mineiro ainda pediu o apoio da CBF na defesa dos times brasileiros. "Esperamos que a CBF assuma imediatamente a sua responsabilidade na defesa dos clubes brasileiros, que há tanto tempo são prejudicados maliciosamente pela arbitragem internacional. Isso precisa acabar!", afirmou.

O Cruzeiro faz referência ao caso do Santos, que também se diz prejudicado pela Conmebol em razão da punição sofrida nas oitavas de final da mesma competição. O time paulista foi punido pela escalação do volante Carlos Sánchez no jogo de ida contra o Independiente. Com a decisão, o empates sem gols em Avellaneda se tornou derrota por 3 a 0. No jogo da volta, novo 0 a 0, que acabou decretando a eliminação da equipe, que alega ter sido prejudicado pela punição, considerada injusta pela diretoria do clube.

Nas redes sociais, o Santos se solidarizou com o Cruzeiro ao ironizar a polêmica arbitragem do jogo em Buenos Aires: "'A Conmebol não decepciona: consistência!'. Força, @Cruzeiro".

Estadão // AO