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Criticado, viúvo de Walewska desabafa sobre perda: 'anularia minha vida e os meus sentimentos para continuar com ela'

Ex-atleta morreu na última quinta-feira (21)

Reprodução/Redes Sociais
Reprodução/Redes Sociais

Viúvo da atleta Waleska Oliveira (1979-2023), Ricardo Alexandre Mendes falou pela primeira vez após a morte da sua esposa, que ocorreu na última quinta-feira (21). Ela caiu do 17º andar do prédio em que os dois moravam, e desde então, ele tem sido criticado por ter pedido o divórcio para ela dias antes.

"Por todo o amor que eu tenho por ela, se eu soubesse que ela iria tomar essa decisão, eu anularia minha vida e os meus sentimentos para continuar com ela", disse em entrevista ao Uol, publicada nesta segunda-feira (25).

Uma das críticas giram em torno da ausência de Ricardo no velório. Ele afirma que foi orientado por amigos e familiares da esposa a não comparecer à cerimônia, versão que foi negada pelos parentes de Waleska.

"Me tiraram o direito de me despedir do amor da minha vida. Estava com o bilhete aéreo emitido, um amigo da família disse que os pais dela orientaram eu não ir, até para preservar a todos pelo clima da tragédia", disse Ricardo Alexandre.

Após o sepultamento, Wesley Oliveira, o irmão da ex-atleta, fez declarações polêmicas sobre o cunhado. Em uma delas, Ricardo é acusado de não ajudar a arcar com as despesas do funeral, que totalizaram R$20 mil.

"Ninguém ligou para falar de valores. Pretendo restituir tudo. Não tive condições psicológicas de reconhecer o amor da minha vida, que está morta", lamentou o viúvo, que acusa o irmão de Walewska de ter ciúmes da relação entre eles. Ele não teve a chance de me conhecer melhor. Todas as vitórias e conquistas, eu estava ao lado da Wal. Acredito que isso só aumentou o ciúme que ele tinha da irmã", afirmou.

Além disso, Ricardo confirmou o pedido de divórcio e disse que o assunto vinha sendo discutivo há alguns anos. Segundo ele, houve uma briga entre o casal na noite que antecedeu o ocorrido, mas nada que fugisse da normalidade.

"Ela me questionou que eu estava estranho e distante, eu respondi que não dava pra continuar onde não havia mais amor entre homem e mulher. Ela ficou introspectiva, ficou quieta e fomos dormir. A gente se amava, eu esperava ela aceitar a separação numa boa […] Convivemos por 20 anos, mas nos últimos dois não era mais o mesmo amor. Muitas vezes me anulei, mas fiz por ela […] Cheguei em casa depois de um dia intenso de trabalho, não sabia que a Wal já tinha chegado. O interfone tocou, eu não atendi. Depois vieram as mensagens pelo WhatsApp do grupo do condomínio, até que a gestora tocou a campainha da minha casa para me avisar da tragédia. Meu chão abriu e eu desmoronei", lembrou.

Ricardo disse ainda que há três anos notou que Wal não estava bem mentalmente, e contactou os seus pais, o que não agradou a atleta.

"Ela me disse que estava passando por muitas coisas na vida dela, que até pensou em 'fazer uma besteira'. Foi aí que percebi que ela já não estava tão forte como sempre foi. Me lembro da Wal ter ficado brava e chateada comigo, e que eu não tinha o direito de falar sobre isso com os pais dela. Eu não tive alternativa", contou.

O marido disse ainda que a jogadora fazia terapia há um ano. Segundo ele, nos últimos anos ela passou a ter reações preocupantes sobre o relacionamento deles.

"Uma vez ela disse para mim: posso perder dinheiro, posso perder status, mas não posso perder você. Esse poder de posse sempre me preocupou. Por isso, de uns três anos pra cá, sempre tive compaixão e cuidado, justamente preocupado com a reação dela. Tentei levar e administrar a crise", contou.