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Correspondentes acusam China de boicotar cobertura jornalística sobre os Jogos de Inverno

O evento começa no dia 4 de fevereiro, entretanto diversas instalações já deveriam estar acessíveis à imprensa

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Em carta aberta divulgada nesta terça-feira (2), a Associação de Correspondentes Internacionais (FCCC na sigla em inglês) na China, acusa as autoridades chinesas de impedirem continuamente a cobertura dos Jogos de Inverno. Eles alegam que os jornalistas são ignorados ou têm pedidos de acesso negados, além de serem constrangidos e até ameaçados. As informações são do Ge.

O evento começa no dia 4 de fevereiro, entretanto diversas instalações já deveriam estar acessíveis à imprensa. Tal atitude, estaria, então, ferindo as premissas do Comitê Olímpico Internacional de assegurar a maior cobertura de mídia possível para uma maior audiência.

“As repetidas solicitações de nossos membros têm recebido respostas conflitantes ou sido completamente negligenciadas. Há relatos de membros que passam semanas tentando obter contatos de facilitadores apenas para receber informações desdenhosas ou imprecisas”, diz a carta.

A associação também pontua a diferença de tratamento dada à imprensa local. “Jornalistas estrangeiros que tentam se credenciar para eventos recebem negativas porque o Comitê Organizador limita a presença apenas para veículos de mídia selecionados. Ou alegam que a capacidade está esgotada ou pedem que os inscritos apresentem resultados de testes de Covid em uma janela impossível de realizá-los, de apenas algumas horas”.

A pressão se intensificou após a imprensa internacional noticiar os pedidos de boicote aos Jogos de Inverno de Pequim. A campanha foi apoiada por defensores dos direitos humanos, que denunciam tanto más condições de trabalho nas construções das venues quanto questões político-sociais mais profundas.