A lateral direita da seleção brasileira, mais uma vez, causa dor de cabeça para a comissão técnica. Com a lesão de Danilo na véspera da partida contra a Costa Rica (nesta sexta-feira), Fagner vira o titular do Brasil logo na segunda partida da Copa do Mundo. Os dois jogadores têm características diferentes, e essa alteração tende a mudar o comportamento da equipe de Tite, tanto ofensiva quanto defensivamente.
Será mais uma adaptação forçada da equipe brasileira no setor, já que Daniel Alves — um dos mais experientes e titular durante toda a preparação — não foi convocado por conta de uma lesão no joelho.
A primeira diferença é no biotipo. Danilo, de 26 anos, tem 1,84m de altura, enquanto Fagner, de 29 anos, tem 1,68m. Isso representa, de cara, uma distinção quando o assunto é bola aérea — meio pelo qual o Brasil, em que pese a falta sobre Miranda, levou o gol da Suíça na estreia.
Com Danilo, a seleção tinha uma figura que se preocupava mais com a parte defensiva do que com o apoio. Tanto que uma das críticas à seleção na estreia da Copa foi que o time ficou "torto", pendendo mais para o lado esquerdo, com Marcelo, Coutinho e Neymar, do que pelo direito, com Danilo, Paulinho e Willian.
Fagner tem um comportamento mais corajoso ofensivamente, sai mais para o jogo e busca cruzamentos. A tendência é que Willian ganhe um companheiro mais participativo para tabelas e jogadas pela ponta. Mais técnico, o lateral do Corinthians tende a ser uma arma mais efetiva também na saída de bola da seleção. No entanto, resta saber como isso vai afetar o equilíbrio defensivo do Brasil, quesito tão elogiado por Tite. O que é inegável é a confiança que o treinador tem depositada nele desde os tempos do time paulista.
O Globo //// Fiigueiredo