Esporte

Clássico voltará a opor amigos Messi e Neymar, que irão se encarar pela 5ª vez

Eles são colegas de clube e encantam o mundo com seus dribles, entrosamento e gols decisivos.

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Eles são colegas de clube e encantam o mundo com seus dribles, entrosamento e gols decisivos. Fora das quatro linhas, são amigos a ponto de viajarem juntos mesmo a três dias de um confronto recheado de rivalidade e que os colocará em lados opostos. Neymar e Messi, ídolos de Barcelona, de Brasil e de Argentina, são as duas principais estrelas do clássico de quinta-feira no Mineirão. O show que protagonizam com a bola nos pés mostra isso – e os números só comprovam.

As estatísticas da temporada europeia são generosas com a dupla. Pelo Barcelona, Neymar teve participação direta em 16 gols nos 13 jogos que disputou – foram seis gols do brasileiro. Messi, que não se cansa de ser artilheiro, tem aproveitamento ainda melhor: em 14 partidas com a camisa catalã, o argentino balançou as redes adversárias em 16 oportunidades, além de dar sete assistências.

Tamanha efetividade suscita inúmeras comparações, mas quem tem a chance de dividir o campo com eles reluta em apontar quem é mais decisivo. Lucas Lima, por exemplo, vê um duelo entre iguais. “Os dois são do mesmo nível, não tem como comparar”, afirma o meia da seleção. “São jogadores diferenciados. Eu fico feliz por estar ao lado do Neymar, porque o moleque é embaçado.”

No confronto direto, o argentino leva a melhor. Neymar já enfrentou o colega de Barcelona em quatro oportunidades, e Messi saiu vitorioso em três delas. A primeira foi em 2010, quando a Argentina venceu o Brasil por 1 a 0 em amistoso disputado no Catar. No ano seguinte, época em que Neymar ainda era jogador do Santos, ele esteve em campo na goleada por 4 a 0 do Barcelona na final do Mundial Interclubes. Por fim, em 2012, Messi comandou a vitória da Argentina por 4 a 3 sobre o Brasil em amistoso disputado nos Estados Unidos.

Duelo particular à parte, no lado brasileiro todos sabem da força do argentino. Tite o define como “o melhor do mundo”. Renato Augusto, por sua vez, fala em “dobrar a marcação” sobre o astro.

O curioso é que a inspiração vem justamente do craque brasileiro. “Messi é um cara extremamente inteligente, com poder de finalização muito grande. Você tem que dobrar a marcação sempre. A gente fazia isso jogando contra o Neymar no Corinthians x Santos”, conta o jogador, lembrando à época em que atuava pela equipe paulista.

CARONA – Neymar e Messi foram dois dos últimos jogadores de Brasil e Argentina a se apresentarem em Belo Horizonte. A dupla fez toda a viagem juntos. Como já estava previsto, eles saíram de Barcelona em voo comercial até Guarulhos, e de lá viajariam separadamente para a capital mineira.

Nesta madrugada de terça-feira, porém, a dupla surpreendeu. Em São Paulo, Neymar ofereceu uma carona ao argentino em seu jatinho particular, e os dois chegaram a Minas Gerais mais de uma hora antes do horário previsto – Mascherano, companheiro no Barcelona, também estava junto. Os dois protagonistas do clássico só se separaram no aeroporto da Pampulha.

Nesta quinta-feira, por 90 minutos, a amizade terá de ficar um pouco de lado no clássico sul-americano. Quem lembra é Renato Augusto. “Quando um bota a camisa amarela e o outro coloca a branca e azul, tudo muda”. Estadão Conteúdo.