A promotoria de Udine decidiu investigar a morte do jogador Davide Astori, capitão da Fiorentina, como "homícidio culposo", em que não há intenção de matar. O procurador-chefe, Antonio de Nicolo, afirmou à TV RAI que foi aberto um processo penal "contra pessoas desconhecidas" para apurar se houve negligência no caso.
– É um dever determinar se a morte de Astori ocorreu devido a uma trágica fatalidade ou se alguém deveria ter percebido algo – disse Nicolo ao jornal "La Republica".
O promotor disse que não há indícios no momento que apontem para qualquer possível responsável, mas demonstrou desconfiança sobre o que ocorreu.
– É estranho que algo assim aconteça como um profissional tão vigiado. Se ele tivesse problemas cardíacos, ele sairia à luz. O início deste procedimento judicial nos permite identificar responsabilidades, se elas existem – acrescentou.
Com passagem pela seleção italiana (defendeu a equipe na Copa das Confederação de 2013, no Brasil), Davide Astori foi encontrado morto na concentração da Fiorentina na manhã deste domingo. O jogador de 31 anos estava em um hotel em Udine, cidade onde a equipe de Florença enfrentaria a Udinese neste domingo pelo Campeonato Italiano. O zagueiro teria sofrido um ataque cardíaco enquanto dormia sozinho no quarto.
O promotor defendeu a realização da autópsia do corpo, que será relizada nesta terça-feira. O enterro está marcado para esta quinta, na Basílica de Santa Croce, em Florença.
GE// ACJR