“Vamo, vamo, Chape!”. Com menos gente do que se esperava, mas a emoção de presenciar os sobreviventes da tragédia que chocou o mundo, o Brasil venceu a Colômbia por 1 a 0 no estádio Nilton Santos. O jogo obviamente não teve o caráter competitivo que as seleções, completas e num torneio, poderiam mostrar. Talvez tenha servido para Tite observar melhor jogadores como Dudu, autor do gol, ou confirmar a impressão sobre Rodrigo Caio e Geromel, dupla de zaga já convocada antes e de ótima atuação no amistoso. O público, altamente clubista, presenciou uma atuação desentrosada e por vezes atrapalhada. As trocas de abraços e afagos entre brasileiros, colombianos e sobreviventes valeram a noite. Era o que importava.
Com apenas jogadores de clubes brasileiros, em pré-temporada, depois de um treino juntos, evidentemente o Brasil esteve bem longe daquele que venceu seis jogos com Tite em 2016. Conceitos importantes de seus times não foram vistos: recomposição rápida, por exemplo. Isso permitiu a Borja, logo no início perder boa chance. Weverton espalmou. Só que como a Colômbia também não era lá essas coisas, a Seleção criou. Com bons pivôs de Diego Souza e movimentação intensa de Robinho e Dudu, o próprio palmeirense, Arão e Lucas Lima tiveram chances de finalizar. Atrás, Rodrigo Caio evitou chute perigoso e a trave salvou após cabeçada de Uribe.
O Brasil voltou com Diego, Jorge e Rodriguinho nos lugares de Robinho, Fábio Santos e Arão. E o sistema 4-1-4-1, até então intocável, passou a ser bem mais flexível. Quase um 4-4-2, com Diego (esquerda) e Lucas Lima (direita) na criação. Com mais criatividade no meio, Dudu aproveitou rebote após chute de Diego Souza e cabeceou para o gol: 1×0. O restante do jogo aconteceu muito mais naquela zona central, até as intermediárias, do que nas áreas, com lances de perigo. Um típico amistoso de pré-temporada.
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