Esperanças de medalha nos Jogos Paralímpicos, o remador baiano Renê Campos Pereira e os futebolistas Jefinho e Cássio Reis estreiam nesta sexta-feira (09), na Rio-2016.
Na raia da Lagoa Rodrigo de Freitas, Renê, 36, enfrenta as baterias classificatórias da classe Single Skiff AS do remo adaptado, a partir das 9h10. Há duas chances de classificação. Os remadores que não conseguirem vaga direta para as finais de domingo terão a derradeira oportunidade na respescagem, que terá baterias no sábado, 10, às 8h30.
Renê se divide entre as competições do remo adaptado e a profissão de ortopedista. Nascido em Itapetinga (BA), em 2006 ele procurou um hospital ao sentir dores fortes na coluna, tendo sido diagnosticado com abscesso epidural devido a uma compressão medular.
A principal consequência foi a perda dos movimentos das pernas. No remo adaptado, ele usa os braços para imprimir velocidade contra seus adversários. Até sofrer a lesão, o remador chegou a integrar equipes de base do futebol da Bahia. Agora focado apenas nas remadas, tem a chance de entrar para a história paralímpica se conseguir uma medalha.
Seleção
A seleção brasileira terá guarnições em três das quatro provas que integram o programa paralímpico desde Pequim-2008. Mais experiente da equipe, Cláudia Santos abre a participação nesta sexta, às 8h30, no single skiff AS (só braços).
Mas a única medalha conquistada até agora, um bronze, foi com a catarinense Josiane Lima e o baiano Elton Santana. Apenas Josiane estará em ação, no double skiff TA (tronco e braços) misto, ao lado de Michel Pessanha, com quem garantiu também o bronze no Mundial de 2014.
A dupla anfitriã tem como principal rival a parceria australiana forma por Gavin Bellis e Kathryn Ross, atuais tricampeões mundiais. Cláudia terá de superar a atual campeã mundial Moran Samuel, de Israel, e a britânica Rachel Morris, que venceu a última etapa da Copa do Mundo.
Já o baiano Renê Pereira vai precisar vencer o australiano Erik Horrie, outro remador tricampeão mundial, e ficar de olho no chinês Cheng Huang, o atual campeão paralímpico. Pela primeira vez, o Brasil não está na disputa do quatro com LTA (perna, tronco e braços) misto, que não se classificou.
Reprodução: A Tarde