Esporte

Bahia empata com São Paulo no Morumbi e se contenta com a vaga na Sul-Americana

A partida, que terminou empatada por 1 a 1, marcou a despedida de Lugano do Tricolor paulista

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A partida, que terminou empatada por 1 a 1, marcou a despedida de Lugano do Tricolor paulista - Foto: Reprodução l Facebook l São Paulo FC

 

Com 180 minutos de pura falta de inspiração e vontade, o Bahia desperdiçou a chance que tinha de interromper um hiato de 28 anos e voltar à Libertadores. Caso tivesse conquistado cinco dos nove pontos disputados nos três últimos desafios do Campeonato Brasileiro, teria alcançado a vaga. Somou apenas um, no insosso jogo deste domingo, 3.

Durante boa parte do confronto no Morumbi, diante do São Paulo, um triunfo simples bastaria ao Esquadrão para chegar ao G-8 ou ao G-9 – que vai valer lugar no torneio continental em caso de título do Flamengo na Sul-Americana.

Situação que não motivou o Bahia de maneira suficiente para buscar o triunfo contra um apático Tricolor paulista. No fim, o empate por 1 a 1 representou bem o que foi o duelo. Ambas as equipes – o Bahia em 12º e o São Paulo em 13º – se consolam com um lugar na Sul-Americana de 2018.

Não há muito o que comentar sobre o primeiro tempo. Num duelo entre times que tinham pouco a conquistar e nada a temer, os jogadores não se apresentaram no auge do interesse pela partida – tônica do Bahia desde que confirmou sua salvação – e os minutos demoraram a passar.

Depois de dois meses sem receber jogos para troca total do gramado, o Morumbi não disponibilizou o melhor terreno possível. Pelo contrário, o campo seco e irregular atrapalhou ainda mais times já pouco inspirados.

Dentro do possível, o São Paulo exerceu algum domínio. Rondou por vezes a área defensiva do Bahia e esteve perto de criar boas oportunidades. No entanto, a única grande chance da metade inicial do confronto foi do Esquadrão. Aos 31 minutos, Renê Júnior descolou lindo passe para Allione, que driblou bem o zagueiro, mas, de frente para o goleiro Sidão, chutou mal.

Os anfitriões, apesar do estádio lotado, voltaram ainda mais desinteressados para o segundo tempo. Faltou ao Bahia maior incisividade nas iniciativas ofensivas para sair na frente. Uma cabeçada fraca de Renê Júnior, uma isolada de Régis, um chute diferente de Allione. Ocasiões que poderiam ter resultado em gol, mas acabaram nem levando tanto perigo.

Já o São Paulo, que parecia estar entregue, inaugurou o marcador graças a um vacilo de Jean. Talvez nervoso por estar diante do time que é seu possível destino em 2018, ele vacilou feio. Pegou com as mãos uma bola recuada por Renê Júnior e, na cobrança da infração em dois lances, o garoto Brenner, de 17 anos, balançou a rede aos 18 minutos.

Éder ainda conseguiu igualar o jogo aos 43, em toque de cabeça após falta cobrada por Allione. Nada que mudasse o curso da história.

Queda de rendimento

Na entrevista após a partida, o técnico do Bahia, Paulo César Carpegiani, reconheceu que sua equipe involuiu muito nos jogos finais do Brasileiro.

"Tivemos uma queda muito grande de rendimento, mas as coisas que acontecem no clube muitas vezes não saem”, insinuou. Sobre a perda da vaga na Libertadores, o treinador lembrou que ela ocorreu no domingo passado: “Nós perdemos a classificação em casa, contra a Chapecoense. Hoje [ontem], fizemos um bom jogo, criamos oportunidades. Não tem muito a lamentar, é lamber a ferida".

A Tarde////AF////