O avião da Chapecoense estava sem nenhum combustível nos tanques ao cair, segundo Freddy Bonilla, secretário de Segurança Aérea da Colômbia, afirmou nesta quarta-feira (30). Na queda da aeronave, morreram 71 pessoas, na madrugada de terça-feira, incluindo jogadores, comissão técnica, dirigentes, jornalistas e tripulantes.
Segundo Bonilla, já na primeira inspeção ao local do acidente, em uma montanha próxima a Medellín, ficou claro que não havia combustível. A principal linha de investigação é de fato ter havido uma pane seca, quando falta combustível na aeronave e os sistemas elétricos param de funcionar. Especialistas já haviam apontado esta como a possível causa do acidente. O avião deveria ter combustível para pelo menos mais uma hora de voo.
"Uma das hipóteses que trabalhamos é que (o avião) não contava com combustível e que, por isso, tenha apagado subitamente os motores. Motores são a fonte elétrica. Você pode ter uma turbina adicional, mas se não tinha combustível, vai ter uma pane elétrica", disse Bonilla.
O avião havia saído de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) e ia para o aeroporto José María Córdova, em Medellín. A tripulação do LaMia pediu prioridade para pouso às 0h48 (horário de Brasília). Mais tarde, declarou emergência.
Segundo Bonilla, o avião bateu em baixa velocidade contra a montanha, o que permitiu que tenha havido sobreviventes – a maior parte estava na parte de trás do avião. Segundo o secretário, não havia denúncias de irregularidades contra a LaMía.
(Correio) (AF)