Na última segunda-feira (17), uma mulher de 40 anos morreu durante exercício em uma academia de Santo Estêvão, no centro-norte da Bahia. Na manhã desta quinta-feira (20), o educador físico Marcos Paulo Brito concedeu entrevista ao programa Toda Hora, da Salvador FM e falou sobre o caso, alertando sobre a prática e importância da atividade física.
A mulher que foi a óbito foi identificada pelo prenome de Francineide Pereira Soares. Assim, ela teve um mal súbito durante exercício na cadeira extensora, aparelho para fortalecer o quadríceps. Umas das câmeras do local registrou o momento em que a mulher chega a se inclinar para a frente e colocar a mão na cabeça, mas logo depois desmaia. Um instrutor e alunos do local socorreram a vítimas e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Uma ambulância atendeu a ocorrência, mas Francineide morreu antes de chegar em um hospital.
Ao falar do caso, o educador físico Marcos Paulo brito afirmou que mesmo diante do risco, não praticar atividade física é mais prejudicial à saúde. Contudo, ele explica que a prática de exercícios deve ser acompanhada de cuidados.
“Não praticar atividade física é infinitamente mais perigoso do que praticar. O risco ele existe, mas você corre muito mais risco não se exercitando. A partir do momento que você vai se exercitar o ideal é uma avaliação pré-participação. É uma avaliação onde o profissional vai entender como você está, se você tem fatores de riscos para iniciar a atividade física e se você tem fatores de ricos baixo, médio ou alto”, diz o educador.
Além disso, o profissional esclarece que uma série de fatores adversos podem influenciar para que a pessoa passe mal durante a prática de um exercício.
“Temperatura alta é um fator potencializador de risco. Então se você costuma treinar em um ambiente onde não está se sentindo confortável, a temperatura não está boa, evite treinar ou mude de horário. As academias precisam ter ventilação, uma refrigeração. Hoje no verão as academias estão lotadas, então as pessoas geram um stress, além do stress físico, ou seja, tem um conjunto de fatores que em um organismo pontencialmente com risco, isso pode desencadear um evento”, explica o profissional.
Suporte nas academias
Contudo, o educador físico reforça que as academias precisam contar com profissionais preparados e treinados para agir em situações de emergências.
“A equipe que treina esteja preparada para dar um suporte básico de vida, tem treinamento para isso. Uma simples pessoa, na academia ou no espaço que você esteja treinando, capacitada para identificar o risco, identificar o evento que está acontecendo e ligar para o Samu, só isso, já é algo que pode ser feito e pode realmente salvar uma vida”, detalha Marcos Paulo.
>>>Siga o canal do PSNotícias no WhatsApp e, então, receba as principais notícias da Bahia, do Brasil e do Mundo.