A modelo Joana Sanz, esposa do jogador Daniel Alves, anunciou gravidez em publicação nas redes sociais, nesta segunda-feira (31). Ela fez o anúncio quatro dias depois da Justiça da Espanha absolver Daniel Alves da condenação por estupro.
Em um relato pessoal, Sanz explica que gostaria de compartilhar o anúncio quando a gravidez estivesse mais “evidente, mas quis compartilhar pelas mulheres que estão na luta”, em referência à cobrança de não ter engravidado e da pressão social que sofreu para ser mãe. Ela explica que faz tratamentos para engravidar há cinco anos.
Ela também relata a emoção de ouvir o coração do bebê batendo durante a ecografia e o medo de um aborto, pois sofreu outros três ao longo do tratamento. Sanz destaca que este é seu “último embrião congelado”.
No vídeo, ela aplica uma injeção na barriga, o que pode associar-se a um tratamento hormonal. Depois, Joana mostra um teste de gravidez positivo e um exame de ultrassonografia.
Daniel Alves está sem redes sociais e não se pronunciou sobre a gravidez da esposa até o momento. Ele não aparece no vídeo. O atleta tem dois filhos de um casamento anterior.
Em dezembro de 2024, a modelo passou por um cirurgia de retirada de tubas uterinas e anunciou que não poderia engravidar por lidar com uma endometriose crônica.
Confira o relato do processo de gravidez:
“Eu não queria compartilhar nada até que fosse mais do que evidente, mas quis compartilhar para as que estão na luta.
Tive que lidar desde os vinte e dois anos com perguntas de “E o bebê, quando vem?”… Que pressão social tão aterradora. Nunca tive instinto maternal, esse desejo de ter filhos ou de gostar de carregar o bebê de alguém.
Com o passar dos anos, meu grupo de amigas foi tendo filhos e as redes sociais se encheu de nascimentos (supõe-se que, pela idade, é o que toca). Não é brincadeira a frase “vai passar da hora”.
Há tanto desconhecimento sobre a idade reprodutiva da mulher e que não é tão fácil engravidar. Há cinco anos, me propus com muito medo à ideia de ser mãe. Medo porque um ser humano dependerá de mim para sobreviver, medo de não trabalhar, medo de me perder como mulher… Mas isso é outra história.
O que eu queria contar é que uma mulher de vinte e sete anos saudável se vê com duas FIV, três perdas e, por fim, uma cirurgia de trompas, além do surgimento de endometriose. Fiz exames de todos os tipos ao longo dos anos, com embriões maravilhosos, sem encontrar explicação para nada.
A frustração e o porquê de “todas” engravidarem como se fosse mágica me atormentavam. Estou acostumada a que, com esforço, trabalho duro e perseverança, consigo o que me proponho, mas isso não é assim, querida.
Para piorar, tive que engolir a famosa pergunta “E o bebê, quando vem?” Uma e outra vez, com tanta dor no peito. Perdi minha mãe há dois anos, não tenho pais nem irmãos, a sensação de orfandade e vazio me acompanhou até o dia em que ouvi o coração do meu bebê pela primeira vez.
Meu último embrião congelado, minha última esperança de ter uma razão para ser forte na vida. Aqui está, saudável e crescendo. E eu sei que foi minha mãe quem me enviou ela para que eu nunca mais me sentisse sozinha, para que eu me animasse a viver e tivesse esse arco-íris cheio de amor depois de tanta tempestade.
Ainda não acredito e acordo de madrugada com medo de ver os lençóis cheios de sangue ou fecho os olhos nas ecografias até ouvir que está tudo perfeito. Tudo chega, não desista“.
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