Vereadores de Salvador têm defendido que seja feito um plebiscito para que a população decida onde será o novo circuito do carnaval soteropolitano. A ideia surge em decorrência do apelo feito por moradores da região da Barra, local onde tem início o circuito Dodô, que vai até Ondina.
Nesta semana, vereadores se reuniram com representantes de entidades interessadas na mudança do circuito. Na última segunda-feira (27), por exemplo, os legisladores se encontraram com integrantes da Associação de Moradores e Amigos da Barra (Amabarra) e do SOS Carnaval. Durante a reunião, eles ouviram queixas dos moradores da Barra e bairros vizinhos, que pleitearam a mudança do circuito.
Já na terça (28), os vereadores se reuniram com representantes do trade turístico, mais especificamente, do setor hoteleiro. Eles também defenderam a criação de um terceiro circuito no Comércio.
O povo fala
Os vereadores ressaltaram que há muitas queixas sobre a superlotação do Carnaval na Barra. Moradores do bairro, por exemplo, reclamam que, apesar de pagarem altos impostos, precisam conviver com um grande número de eventos ao longo do ano, incluindo o Carnaval, que agora dura mais de 12 dias, além de um mês de preparação. Durante esse período, enfrentam o fechamento de ruas, dificuldades de locomoção e o barulho intenso causado pela montagem das estruturas e pelos ensaios em trios e palcos.
O povo decide
Diante das manifestações, o legisladores soteropolitanos passaram a defender que seja realizado um plebiscito para que a população decida onde deverá ser implantado o novo espaço da folia.
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“Queremos fazer um plebiscito porque a prefeitura não é a dona do Carnaval, o Carnaval é da população. Assim, poderemos definir onde queremos o terceiro circuito”, afirmou o vereador Maurício Trindade (PP).
Ele explicou que ainda não há definição sobre o formato dessa consulta pública. “Ele pode ser realizado por meio de pesquisa ou de votação digital, estamos reunindo todos os atores envolvidos para trocar ideias, mas vamos lançar o plebiscito”, assegurou Trindade, ao defender o Comércio como a alternativa mais viável para implantação do novo circuito.
Ainda de acordo com o edil, a mudança também contribuiria para a revitalização da região. A Avenida França, frisou Trindade, tem condições de receber um circuito por ser larga e possuir quatro faixas de cada lado, o que facilitaria a montagem de arquibancadas e camarotes.
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