A cantora Solange Almeida revelou que sofria dependência química decorrente do cigarro eletrônico. O relato aconteceu durante sua participação no podcast ‘O Assunto’
"Me vi completamente viciada naquilo. De gastar rios e rios de dinheiro, era um absurdo. Eu tinha espalhado por vários cômodos da casa, eu fumava escondido. Se tornou algo incontrolável para mim. Chegou um ponto que eu não podia ficar sem", contou.
A dependência era tanta, que ela colecionava o aparelho e o levava para todos os lugares."Eu tinha dentro do carro, em várias bolsas, na gaveta da cozinha, no bolso da calça. Uma dependência tão absurda que quando faltava, eu pirava. Eu passei a ter algumas alucinações, crises de ansiedade”, relembrou a artista.
Almeida sofreu com as consequências do vício e conta que quase jogou os seus 30 anos de carreira no lixo. "Eu sentia uma falta de ar absurda. Eu não conseguia deglutir, era desesperador para mim. A minha voz praticamente sumiu, eu evitava cantar, pensei até em desistir porque eu tinha vergonha que a voz não chegava”, contou.
Apesar do sofrimento, Solange conseguiu abandonar o cigarro eletrônico, porém as sequelas persistem. Ela conta que achava que seria fácil abandonar o vício, mas que encontrou dificuldade e precisou de tratamentos. "Tive que procurar médicos, fazer tratamentos psicológicos, respiratórios. Até hoje faço tratamento de terapia vocal. O meu pulmão foi se recuperando. Aos poucos a minha voz foi voltando. Até hoje eu ainda faço uso de remédio contra a depressão, contra pânico, contra ansiedade. E tudo isso foi decorrente do cigarro eletrônico."