Na próxima quarta-feira (20), acontece a seleção das 15 finalistas ao título de Deusa do Ébano 2024 do Ilê Aiyê, na Senzala do Barro Preto, a partir das 15h. Cada uma das 100 inscritas entre 18 e 35 anos mostrará sua performance na dança afro para o júri e, ao fim do dia, 15 delas voltarão para casa com o sonho realizado de serem candidatas ao posto de Rainha do Ilê.
A grande vencedora será revelada no dia 13 de janeiro, quando acontece a 43ª edição da Noite da Beleza Negra, uma das festas mais esperadas do verão de Salvador. A Rainha eleita assumirá o cargo num ano especialíssimo, em que o bloco afro mais antigo do Brasil inicia as comemorações pelos seus 50 anos. O concurso conta com mulheres de 11 cidades baianas diferentes, além de outros estados, como Santa Catarina, São Paulo, Alagoas e Pernambuco, e uma participante nascida em Boston, nos Estados Unidos, que vive na Bahia.
Além de ocupar uma posição de destaque na luta por igualdade racial e ser ícone do empoderamento da mulher negra e da sua atuação transformadora na sociedade, a Deusa do Ébano é uma exaltação à estética negra, sendo o concurso uma das ações afirmativas mais importantes do Ilê Aiyê.
A vencedora da 43ª edição fará sua estreia oficial no Carnaval de Salvador 2024, quando o tema do bloco será “Vovô e Popó – com as bênçãos de Mãe Hilda Jitolu. A invenção do Bloco Afro. A se não fosse o Ilê”. Ao subir no trio para arrastar a multidão, a rainha abre os caminhos e guia o cortejo do Mais Belo dos Belos, pintando as ruas de Salvador de amarelo, branco, vermelho e preto, e celebrando a revolução que a cinquentenária existência do Ilê Aiyê representa. Atualmente, o cargo de Deusa do Ébano está muito bem representado pela dançarina e coreógrafa Dalila Oliveira.