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Mulheres no pagode: “mulheres precisam e tem o que falar”, afirma Aila Menezes

A artista, que é ex-participante do The Voice Brasil ainda comentou ao LDNotícias sobre seus planos para a retomada do setor do entretenimento

Juliana Nobre
Juliana Nobre

A cantora Aila Menezes comentou sobre as dificuldades de adentrar na cena do pagode, ambiente reconhecido pelo machismo. Ao LDNotícias, a ex-participante do The Voice Brasil, também contou qual foi seu intuito entrando na competição da Rede Globo e quais os planos para a retomada do setor do entretenimento durante a fase verde da pandemia da Covid-19, decretada em Salvador.

"Sempre é uma dificuldade grande da gente convencer essa sociedade machista de que mulheres também podem protagonizar essa cena. Na verdade, eu fui a primeira mulher a cantar pagode, em 2007, eu montei uma banda toda formada toda de mulheres, a banda Afrodite e depois virou Grupo de Saia. Então sempre foi uma luta muito grande convencer além do público, os empresários e as pessoas de que era possível ter mulheres nesse local de protagonismo, porque nós mulheres temos o que dizer, temos o que falar, não é só dançando como sempre foi, mas falando, mulheres precisam e tem que falar o nosso ponto de vista também no pagode”, afirmou a cantora.

Sobre o reality musical que participou no ano de 2013, Aila alega que além de toda a experiência vivida, ela entrou para mostrar quem era e dar reconhecimento ao seu avô, o palhaço Pinduca, o mais antigo do mundo. 

“Muito maravilhosa a experiência, eu entrei no The Voice em 2013 buscando dar reconhecimento ao meu avô como todo grande artista merece. Meu avô é o palhaço mais antigo do mundo, o palhaço Pinduca, que faleceu em 2016, e foi visto pelo mundo inteiro, e para mostrar ao Brasil o meu talento, mostrar para as pessoas quem era Aila e o que eu levava comigo, então aquele leque vermelho. Que é uma forma da gente da comunidade LGBTQUIAB+ e é uma forma da gente se comunicar, então quis levar para o palco do The Voice todas as representatividades que esse leque trás”, comentou ao site.

A artista também está com grandes expectativas para a retomada do setor após cerca de um ano e meio paralisado por conta da pandemia da Covid-19. “Espero continuar com meu Baile de Todas As Cores, no Pelourinho, que é um baile temático, sempre com um tema e sempre com causas sociais. Lançar meu EP novo com 7 músicas, e também 7 clipes e vou fazer uma mistura de um pagode novo, impulsionando para fora do Brasil, um segredo que eu ainda não posso revelar, mas um pagodão com uma coisa mais caliente”, finalizou Aila Menezes.