Comandada pelo cantor Márcio Victor, a banda Psirico é uma das mais renomadas quando se fala em pagode baiano. Neste sábado (28), o grupo se apresenta no Festival Virada Salvador e, antes de subir no palco, o vocalista falou sobre as recentes movimentações do gênero musical característico da Bahia e sobre resgatar raízes.
O resgate das raízes e essência do pagode baiano está presente justamente na mais nova música de trabalho do Psi. Assim, a canção “MOLEN-MOLEN” é a junção de outros grande nomes do gênero musical com muito pagodão raiz.
A música é um feat do Psirico com É o Tchan, Guig Ghetto, Rubynho e Pagod’art. Além disso, no YouTube, o clipe oficial do single já ultrapassou os dois milhões de visualizações e promete chegar como forte aposta do pagode baiano para o Carnaval 2025.
Além disso, Márcio também relembrou músicas recentes de trabalho de artistas como Ivete Sangalo, Claudia Leitte e Daniela Mercury. O cantor afirmou que várias canções de sucesso delas têm raízes no pagode baiano.
Assim, o cantor do Psirico também fez uma análise sobre os atuais espaços musicais para a população soteropolitana, principalmente da periferia. Márcio coloca a falta de locais como dificuldade de crescer ainda mais o movimento do pagode baiano.
Quem não conhece a história de fato, não foram os ensaios, mas a gente viveu uma época em Salvador, que tinha o Bahia Café Hall, tinha os locais aqui em Salvador, que a gente podia ensaiar, e nesses lugares a gente fervia a música do Carnaval, recebia tudo isso, ensaiava a coreografia, a turma ia se conhecendo, e isso a gente perdeu. Queria pedir mais uma vez, todo mundo fala nisso, tem que ter alguém que lidere o movimento de a gente conversar sobre a questão da lei do silêncio, isso é uma coisa que a gente precisa conversar um pouco mais com a sociedade, com moradores, com locais, pra gente ter realmente espaços que voltem a tocar, os terreiros precisam voltar, ou um batuque, uma percussão, uma música de rua, ela precisa voltar pra rua. Não é só o Psirico fazer isso, nem comemorar 40 anos de Axé, é a gente trazer para a cidade a música espalhada na rua, e a gente dá potência a esses meninos que querem, que sonham, porque eu me lembro que na minha favela a gente não tinha condição de tocar, de comprar os instrumentos, a gente tocava na lata, explica o cantor.
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