Luísa Sonza lançou a música “Campo de Morango” nesta terça-feira (15) e, a produção parece ter desagradado boa parte do público. Nas redes sociais, os seguidores falaram sobre a canção, que aborda o tesão e prazer feminino, e é ambientado em um campo onde a cantora aparece em uma cama com outras mulheres, ambas sujas de suco de morango.
"Imagem mais diabólica, ninguém em sã consciência tem maturidade pra fazer algo do tipo, isso jamais deve ser admirado ou considerado como cultura", opinou uma seguidora. "Só me vem à cabeça coisas muito ruins e pesadas! Estupro, aborto, ritual satânico…Não vejo arte nenhuma nessas imagens!", disse outra. "Só pode ter uma crítica por trás, não tem lógica isso ter cunho de empoderamento feminino", comentou mais uma.
Após a enxurrada de comentários negativos, a cantora realizou uma live em seu Instagram, explicando o álbum “Escândalo Íntimo”, que tem como primeiro single a música polêmica.
“Usa-se contra mim esse lugar de fazer música que fala sobre o meu protagonismo, a minha vontade ou meu tesão. [Criticam] eu falar sobre tesão ou sobre sensualidade ou ser muito explícita nas letras“, pontou.
De acordo com Luísa, o álbum é dividido em blocos, e terá músicas mais felizes e sensuais.“[O segundo] é o bloco mais feliz, com toda certeza. Ele foi o último bloco que eu consegui fazer, antes eu só consegui fazer desgraça. No último, eu sempre falava: ‘eu preciso fazer um bloco [feliz], porque precisa existir a parte boa do relacionamento”, explicou.
Sonza continuou falando sobre a escolha da letra e disse que se considera corajosa por abordar a sexualidade.
“Eu acho que o prazer sexual da mulher sempre foi muito escondido, é muito desvalorizado quando uma mulher fala sobre o seu prazer. E eu queria dizer que eu não sou menos artista, pelo contrário. Eu acho que eu sou mais e sou muito corajosa por isso, em falar sobre a minha sexualidade que nos tanto é tirada ou tratada como motivo de vergonha”, desabafou.
Por fim, Luísa ainda pontuou que artistas homens costumam fazer músicas com o mesmo teor e não são julgados.
“Eles falam da nossa bunda, do nosso corpo e aí não tem problema nenhum. […] Eu acho que é um assunto tão ultrapassado e tão antigo”, acrescentou.