Flicaj 2024

Linn da Quebrada: 'Para escrever, é preciso haver escuta'

Cantora e compositora Linn da Quebrada marcou presença no último dia da Feira Literária de Cajazeiras (Flicaj)

Linn da Quebrada marca presença na Flicaj
Foto: Reprodução

A cantora e compositora Linn da Quebrada foi uma das principais atrações do último dia da Feira Literária de Cajazeiras (Flicaj), que em 2024 chegou a sua terceira edição. Além da ex-BBB, também marcaram presença no local o rapper, escritor e compositor, Djonga, e a deputada federal Erika Hilton (PSOL).

Linn participou da mesa literária “Processos criativos afetivos na escrita de corpos dissidentes”. A parlamentar, por sua vez, esteve no debate “Dinâmicas de escrita e oralidade para potencializar os direitos humanos no Brasil”. O evento foi encerrado com o show de Djonga.

Além disso, a programação variada contou com palestras, oficinas, lançamentos de livros e apresentações artísticas. A Flicaj teve o objetivo de promover o acesso democrático à cultura e incentivar o desenvolvimento literário, com foco nas raízes afro-brasileiras e nas expressões artísticas periféricas.

Antes de participar do debate, Linn da Quebrada conversou com a imprensa e revelou qual o principal desafio artístico atualmente e foi questionada sobre estar trazendo, para os eventos literários, diálogo e reflexão para os diversos gêneros.

“Eu não diria necessariamente que a gente tem trazido [diálogo e reflexão para diversos gêneros que estão na Flicaj] … Sinto que o que nós temos feito é conjugar, congregar, essas várias formas de literatura, de escrita, de oralidade, trazer tudo isso para compreender em que momento estamos”, iniciou.

“Sabe o que eu acho nosso grande desafio artístico atualmente? É falar sobre o presente. E, pra falar sobre o presente, é preciso que estejamos conjugados, que possamos ouvir outro. Para escrever é preciso haver escuta. Nesse momento, ter essa pluralidade, diversidade de pessoas, inspirando para que as pessoas reescrevam a sua própria história e que possamos, assim, nos ‘contaminar’ de outros pontos de vista, e perceber que não somos únicas e não estamos sozinhas”, completou.