O Tribunal de Justiça de Alagoas condenou o pastor José Olimpo pelo crime de homofobia após o religioso dizer que estava orando pela morte de Paulo Gustavo.
"Esse é o ator Paulo Gustavo que alguns estão pedindo oração e reza? E você vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si", escreveu o pastor da Igreja Assembleia de Deus em uma rede social quando o ator ainda estava internado no hospital por complicações da Covid-19.
Segundo o G1, José Olimpo recebeu uma pena de dois anos e nove meses de prisão, que seria inicialmente em regime aberto, mas ela foi convertida em prestação de serviços à comunidade.
Na decisão, o juiz Ygor Vieira de Figueirêdo disse que a conduta preconceituosa do pastor foi feita diante da orientação sexual do artista.
"No caso em apreço, diante das evidências existentes nos autos, da foto escolhida para a postagem e do reconhecimento nacional do qual gozava o ator, inclusive por seu engajamento na pauta da comunidade LGBQTIA+, o tom discriminatório é cristalino, motivo pelo qual resta demonstrada que a conduta preconceituosa foi feita em virtude da orientação sexual do senhor Paulo Gustavo", diz o magistrado em trecho da decisão.
Após a decisão do juiz, a mãe de Paulo Gustavo se pronunciou nas redes sociais e disse: "Ele orou pela morte de meu filho e eu rezo para que ele viva bastante para se arrepender de seus pecados".