A juíza do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Andrea Calado Cruz, que decretou a prisão do cantor Gusttavo Lima, viu seu nome envolvido em uma série de acusações de manipulação de processos judiciais. De acordo com a Folha de São Paulo, as alegações, que remontam a janeiro de 2014, fizeram com que a Subseccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Vitória de Santo Antão (PE) entrasse com uma representação contra a magistrada.
Segundo a OAB, a distribuição de processos na comarca deveria ocorrer por sorteio, mas a juíza Andrea teria imposto uma forma diferente, sem respaldo legal. Essas acusações foram divulgadas em uma nota da OAB-PE, assinada pelo então presidente da entidade no município, Washington Luís Macêdo de Amorim. As principais acusações contra a juíza giram em torno da manipulação na distribuição de processos criminais originados de inquéritos policiais. Uma funcionária da justiça teria recusado a seguir as instruções de Andrea
De acordo com a nota da OAB, após despachar uma prisão processual, a juíza determinou a lavratura de uma certidão falsa, alegando que o sistema de distribuição forense estava fora do ar no momento do aforamento do inquérito. Essa postura foi criticada pelo então presidente estadual da OAB, Pedro Henrique Reynaldo Alves, que a classificou como “incompatível com a dignidade da magistratura” e uma violação aos princípios constitucionais da moralidade e legalidade.
Resposta da Juíza Andrea Calado Cruz
A juíza nega categoricamente todas as acusações. Ela afirma que sempre atuou de forma independente e convicta, e defende que é natural que suas decisões desagradem a criminosos e a pessoas que não respeitam o estado de Direito. Com mais de 21 anos de carreira na magistratura, Andrea Calado Cruz diz que as críticas são infundadas e fazem parte das adversidades enfrentadas no exercício de sua profissão.