Destaque entre as rodas de samba de Salvador, o Grupo Botequim reclama da falta de investimento do gênero aqui no estado baiano. Os músicos Ubirajara Paim e Roberto Ribeiro participaram do programa Bahia Notícias no Ar, da rádio Salvador FM, nesta sexta-feira (8) e afirmaram que os investimentos acontecem apenas em ocasiões específicas.
“Nunca teve, só em momentos pontuais. Ou é no Carnaval ou é no Dia do Samba, o resto do ano a gente sempre tem dificuldade, inclusive de espaço público para ocupar. O samba tem que tá na rua e o samba em Salvador, em certo momento, ele é muito perseguido, a gente não tem rodas livres em Salvador. Então a gente busca esses apoios que é necessário pra que a gente se mantenha, que mantenha a vida do sambista, que mantenha os projetos de samba na rua e a gente não tem esses investimentos. O samba não pode ser só lembrado no dia 2 de dezembro ou no Carnaval e em coisas pontuais e sim o ano inteiro porque o sambista faz samba o ano inteiro”, pontuou Roberto.
Apesar das dificuldades enfrentadas devido a falta de investimento, a cultura segue viva na capital baiana e há lugares onde o samba frequentemente se faz presente. “Esse espaço que foi aberto em Santo Antônio, ele foi aberto pelo próprio Grupo Botequim. Em Itapuã, onde eu moro e também onde o Botequim nasceu, tem muito samba bom, tem o Água de Pote, tem um espaço específico para o samba também, você tem um espaço cultural aberto para a comunidade e tem uma roda de samba uma vez por mês lá em Itapuã. Tem samba em Cajazeiras em tudo quanto é lugar, você tem samba no Subúrbio, Liberdade e no Garcia também tem samba”, listou o músico.
O grupo se apresenta no Santo Antônio Além do Carmo, na noite desta sexta, ao lado do Grupo Trivial. Durante o show, eles prometem uma novidade. “Estamos anunciando retorno do Botequim e o retorno do Trivial também, inclusive vamos anunciar hoje lá a nossa volta a partir do mês de agosto”, comemorou Ubirajara.