
O Festival científico-cultural “Mínimos Óbvios”, uma das importantes ações da companhia artística ATeliê voadOR, chega à terceira edição em 2025, tendo como mote o “Teatro a uma voz”. Com uma programação totalmente gratuita, o evento ocorre entre 17 e 21 de março, na FACOM, na Universidade Federal da Bahia, e na Casa Rosa, no Rio Vermelho.
Com artistas e pesquisadores de grande renome, tanto nacional quanto internacional – como Ciro Barcelos (Dzi Croquettes), Edy Star (The Rock Horror Show); Lawrence La Fountain-Stokes (Universidade de Michigan), Steven Fred Butterman (Universidade de Miami); Rodolfo García Vásquez, autor e diretor d’Os Satyros (SP Escola de Teatro), Newton Moreno, entre outros –
Esta edição tem o apoio da Capes, através do Edital PAEP. Portanto, a partir de 2025, o Mínimos Óbvios se pretende um evento anual de celebração da contribuição da comunidade LGBT+ para o teatro – no passado e no presente.
“O Festival é uma plataforma que cria novas oportunidades de visibilidade e afirmação para artistas e obras teatrais existentes e emergentes queer sub-representadas, e a celebração das diversas vidas, experiências e histórias de artistas, público e comunidade”, afirma um dos idealizadores, o professor e pesquisador Djalma Thürler, também integrante fundador da ATeliê voadOR, que junto com Duda Woyda, Talis Castro e Leandro Colling, organizam esta edição.
Festivamente queer
Assim, em parceria com o NuCuS (Núcleo de Pesquisa e Extensão em Cultura e sexualidade), da UFBA, “Mínimos Óbvios” é inspirado em Festivais como o National Queer Theater e o Dublin Gay Theatre Festival. Sintonizados com o que vem ocorrendo no Brasil, bem como no mundo, vide a proposta do Masp/SP para 2024, cuja Programação foi dedicada às Histórias LGBT+ ao redor do mundo e suas conexões com a cultura, o objetivo do Festival Mínimos Óbvios – Ano 3 é fomentar e impulsionar o crescimento da pesquisa e dos setores criativos LGBT+, oferecendo momentos de reflexão, celebração e, em alguns casos, de destruição, “à medida em que olhamos para trás para honrar as nossas histórias queer e, para a frente, para forjar caminhos para o nosso futuro queer”, afirma um dos idealizadores, o professor e pesquisador Djalma Thürler.
Confita a programação:
17 de março
A abertura será dia 17 de março, às 19h, no Auditório da Faculdade de Comunicação, com a Conferência “O que o queer tem a ver com isso? Queernormatividade e Heterobrasilidade na Exposição Queermuseu”. O convidado especial é o professor titular de Línguas e Literaturas Modernas e diretor de Estudos Luso-Afro-Brasileiros da Universidade de Miami, Steven Fred Butterman.
Ele é reconhecido internacionalmente e que tem publicado extensivamente nas áreas de estudos de gênero, culturais, imigração, literários, assim como teoria e estudos diaspóricos queer.
19 de março
Após esta ação, a programação do Mínimos Óbvios vai para a Casa Rosa, que fica localizada na Praça Colombo, n° 106, no Rio Vermelho. No dia 19, às 19h, o festival contará com as presenças dos multiartistas Ciro Barcelos e Edy Star. Eles participarão da conferência “Teatro Fora da Curva”, sobre o teatro dos anos 70 que não estão nos livros de História do Teatro brasileiro.
20 de março
No dia 20 de março, também na Casa Rosa, às 19h, ocorre a primeira “Long Table”. Na atração, há uma mesa de jantar em que o prato principal é a conversa sobre “A cena LGBT e o teatro brasileiro”. O bjetivo é fazer uma reflexão sobre estratégias e grupos de diferentes momentos históricos da cena LGBT no teatro brasileiro.
Participam Alberto Ferreira da Rocha Junior (UFSJ); Newton Moreno, cofundador do grupo Os Fofos Encenam (São Paulo); Denni Sales (PPGAC/UFBA); Márcia Dailyn, atriz d’Os Satyros e primeira bailarina travesti do Teatro Municipal de São Paulo (Os Satyros/SP), e Djalma Thürler (UFBA).
21 de março
A segunda “Long table”, no dia 21 de março, às 09h30, girará em torno do tema “Existe um teatro de autoria queer? As lokas e a estética do teatro”. Na ocasião, artistas e pesquisadores convidados falarão sobre a construção de um “teatro de autoria queer” no Brasil, especialmente, durante o decênio 2000-2010. Além disso, eles levam uma reflexão interdisciplinar entre o movimento queer e o teatro contemporâneo.
Participam desta mesa Rodrigo Dourado (UFPE), Leandro Colling (UFBA), Lawrence La Fountain-Stokes (Universidade de Michigan), Rodolfo García Vásquez (SP Escola de Teatro/Os Satyros), Duda Woyda (CNPq/UFBA), Georgenes Isaac (PPGAC/UFBA) e Igor Epifânio (Pós-Cultura/UFBA).
Além disso, para encerrar, o Mínimos Óbvios realiza na noite do dia 21 de março, a partir das 19h, na Gambiarra Boteco, terá a carnavalização. Então, o espaço é para a festa do encontro, de integração e intercâmbio entre todos os atores envolvidos: convidados, público e os profissionais locais. Além de cenas pop-ups pensadas especialmente para esta edição.
Assim, é um espaço democrático para a participação popular e de improviso, incluindo performances induzidas pela produção. O Gambiarra fica na Rua Alagoinhas, nº 56, no Rio Vermelho.
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