Talentos do cinema local, revelados pela sua originalidade, criatividade e bom humor, serão premiados no I Festival Cinderela Baiana, que estreia na cena cinematográfica de Salvador nos próximos dias 16, 17 e 18 de agosto, na Sala Walter da Silveira, com a exibição, aberta ao público, de 23 filmes concorrentes em 12 categorias. O festival busca prestigiar o cinema amador baiano com um olhar peculiar que valoriza o inusitado, o improviso, o engraçado, o “fora da caixa”, com reconhecimento ao que é original e à contribuição que tais produções podem dar para a renovação do cinema baiano.
Estudantes e cineastas independentes são o público alvo do Festival Cinderela Baiana, que amplia oportunidades para que esses criadores sejam reconhecidos no mercado mesmo que suas obras não se enquadrem num padrão comercial. O valor experimental do filme é o que vale para a curadoria do evento, que nasceu da iniciativa de um grupo de amigos estudantes de comunicação diante das dificuldades de exibição dos seus filmes em festivais maiores. Juntos, eles se perguntaram: E se existisse um festival que acolhesse e promovesse as nossas produções de forma divertida e respeitosa?
A veia descontraída do Festival Cinderela Baiana encontra ressonância nas suas categorias. Ao todo são 12: Melhor Drama que virou Comédia; Melhor Figurante; Melhor Filme sem Orçamento; Melhor Filme Desmontado; Melhor Iluminação Natural; Melhor Diálogo; Melhor Áudio com Ruído; Melhor Design de Créditos; Melhor Filme Gravado durante um Terremoto; Prêmio Pierre de Atuação; Melhor Filme que Ninguém entendeu Nada; Melhor Objeto de Cena.
“A grande diferença do Cinderela para outros festivais é que o nosso parâmetro está mais relacionado com o bom humor, com a originalidade e também com a peculiaridade dos filmes que a gente seleciona. A gente quer que sejam filmes amadores, filmes inconscientemente engraçados, de certo modo até mal executados, filmes de estudantes, de aspirantes a cineastas, para serem exibidos livre de julgamentos. A ideia é se divertir junto com o realizador, rir com ele e não rir dele ou do filme dele. É para ser um ambiente confortável para todos”, comenta o idealizador e produtor geral do festival, Luan Santos.
Longe do conceito de perfeição e jogando luz nas boas ideias presentes nas produções finalistas, o Cinderela propõe menos cobrança, menos corte e menos crítica. “Fazer cinema é difícil, realizar um filme é um milagre. Então queremos falar para os diretores, tanto os que já têm uma carreira quanto os que estão começando, que não escondam seus filmes, não guardem, exponham suas produções, porque a gente se diverte com isso e porque o cinema nasce disso. A gente pode rir com esses filmes e aprender muito com eles também”, reforça João Mendes, idealizador e coordenador de curadoria do festival.
A programação do I Festival Cinderela Baiana dedica os dias 16 e 17 de agosto (sexta-feira e sábado) à mostra gratuita de 23 filmes, sendo 18 deles finalistas, e a oficinas, debates e exibição do longa Receba (Pedro Perazzo e Rodrigo Luna), seguida de bate-papo. Já no dia 18 de agosto (domingo), o público poderá acompanhar de perto a premiação, quando os 12 filmes vencedores de cada categoria ganharão o Troféu Cinderela Baiana. também haverá apresentação do espetáculo de stand up do ator, roteirista e comediante baiano Thiago Almasy.
O Festival Cinderela tem idealização de Del Nunes, Jaqueline Almeida, João Mendes, Luan Santos e Thiago dos Anjos. A realização é assinada por Rafael Martins; desenvolvimento por Luan Santos; direção de arte por Del Nunes; coordenação de curadoria por João Mendes; coordenação de comunicação por Thiago dos Anjos; social media por Jaqueline Almeida; coordenação de produção por Tatiana Gamboa; Assistência de produção executiva por Juliana Sousa e consultoria de projeto por Mirian Fonseca e Thais Patez.
Sobre a Pé de Erê – O Festival Cinderela Baiana foi orgulhosamente contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. A Lei Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar n° 195, de 8 de julho de 2022.
A assinatura do Festival Cinderela é da Produtora independente multicultural focada em produções negras Pé de Erê, que está dando início à sua vertente de produção de audiovisual por meio da Lei Paulo Gustavo.