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Fertilização in vitro em casal homoafetivo: Entenda procedimento escolhido por Ludmilla e Brunna Gonçalves para gestação

Artistas anunciaram o início do processo nesta segunda (6)

Reprodução/Redes Sociais
Reprodução/Redes Sociais

A família de Ludmilla e Brunna Gonçalves vai aumentar! Nesta segunda-feira (6), elas anunciaram o início de um processo de fertilização in vitro (FIV), para terem um bebê. O Portal Salvador FM conversou com a especialista em medicina reprodutiva, Dra. Bárbara Melo, que explicou como funciona o método em casais homoafetivos.

“Em casais homoafetivos femininos, é possível fazer o tratamento com o uso de sêmen doado e o tratamento pode se dar de duas formas. Pode usar o óvulo de uma mulher ou usar o sêmen doado para fertilização e transferir o embrião no útero dessa própria mulher, ou pode ser feito o que se chama de gestação compartilhada, em que as duas mulheres participam de uma forma mais ativa desse processo de fertilização e gestação. É feita a coleta dos óvulos de uma das mulheres do casal, esse óvulo vai ser fertilizado pelo espermatozóide do banco de sêmen e esse embrião formado pode ser transferido no útero da outra mulher. O óvulo vem de uma mulher e a outra parceira segue com a gestação. Em casos de casal homoafetivo masculino, em que existe o sêmen, mas não existe ali o óvulo, pode-se usar óvulos doados para fertilizar com o sêmen do casal e o útero de substituição de uma mulher pra poder levar a gestação adiante”, explicou a médica da clínica Insemina.

De acordo com a especialista, o melhor método é avaliado caso a caso. No entanto, em situações específicas costuma ser o mais indicado.

“Algumas dessas indicações são a obstrução tubária, a obstrução das trompas da mulher, algumas mulheres com endometriose grave, casais em que o homem tem uma alteração seminal grave, casais homoafetivos femininos que desejem fazer gestação compartilhada em que o óvulo vem de uma mulher e a outra mulher segue com a gestação e casais homoafetivos masculinos”, pontuou.

Vale lembrar, que é sempre necessária uma conversa com um profissional, antes da decisão pois, assim como qualquer outro procedimento médico, há riscos implicados, ainda que em baixa frequência.

“Em relação ao estímulo ovariano com as medicações hormonais pode ocorrer alguns sintomas na mulher como náuseas, dor de cabeça de extensão abdominal, sensação de inchaço no corpo, dor nas mamas. E o risco mais importante, apesar de também ser de baixíssima frequência, é a síndrome do hiperestímulo ovariano, em que essas sensações de distensão abdominal e edema podem ser importantes. Em relação a etapa da coleta dos óvulos, como é feito uma punção via transvaginal, existem alguns riscos associados de sangramento, infecção pélvica, lesão de órgãos adjacentes vizinhos como intestino ou bexiga. Mas também são de baixíssima frequência”, explicou Drª Bárbara.

No geral, um tratamento de fertilização in vitro pode durar em torno de 17 a 20 dias. “Nos casos em que a transferência de embrião pode ser feita de forma sequencial a coleta dos óvulos tem mais ou menos essa duração. Existem casos em que não é possível fazer a transferência de forma sequencial logo após a coleta dos óvulos. Nesses casos, o tempo pra coleta dos óvulos gira em torno de duas semanas e no segundo mês pode-se pensar na transferência do embrião. Então nesses casos pode durar em torno de dois meses”.