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Espetáculo 'Árcade - Versos para Olhar o Tempo', de Daniel Arcades, tem curta temporada em Salvador

Solo do premiado ator e escritor baiano terá duas apresentações nos dias 25 e 26 de outubro no Teatro Sesi Rio Vermelho

Divulgação
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O espetáculo solo performativo 'Árcade – Versos para Olhar o Tempo' do autor, roteirista e premiado diretor baiano Daniel Arcades faz um convite à reflexão sobre o tempo na contemporaneidade. Será realizada duas apresentações em Salvador, nos dias 25 e 26 de outubro (quarta e quinta-feira), às 20h, no Teatro Sesi Rio Vermelho. Os ingressos estão à venda no site Sympla (https://bit.ly/ArcadeSesi) e custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).

Depois de estrear em Feira de Santana no ano passado, passar pela capital e circular pelo interior da Bahia com apresentações em Alagoinhas, Paulo Afonso e Jequié, “Árcade” volta a Salvador. O espetáculo marca a retomada de Daniel Arcades aos palcos depois de um hiato de quatro anos, tempo em que esteve dedicado a projetos como o roteiro co-assinado do longa “O Paí Ó 2”, que estreia em novembro, e o seu primeiro livro “Trilogia da Chacina”, lançado em 2022, além de diversos outros trabalhos em teatro, cinema e televisão. 

“Árcade” é um passeio poético pelas diversas visões acerca da economia do tempo e da busca pela praticidade no dia a dia. Com poemas inéditos do próprio ator e intervenções de canções e poesias conhecidas do cenário literário, o solo traz a observação do tempo e a busca por sentir-se vivo como pano de fundo para uma chamada de reflexão sobre questões extremamente atuais e que são comuns a tantos de nós: a falta de tempo, a necessidade de sempre precisar dar conta de tudo e, a partir disso, ansiedades e angústias que nos afligem.

“É meio autobiográfico, meio ficcional. Um solo que traz no centro o sujeito árcade, uma persona que carrega consigo múltiplas identidades e está a todo momento buscando praticidades em meio às diversas tarefas do dia a dia, visando ganhar tempo, para sentir-se vivo, ter capital e autoestima elevada”, conta Daniel Arcades. “A vida poética foi, pouco a pouco, perdendo espaço para um estilo de vida cada vez mais veloz e conectado, em que todas as coisas tornam-se urgentes, resultando em ansiedades, síndromes de pânico, síndromes do impostor, elementos que serão, minuciosamente, levados aos olhos da plateia”, completa.

IMERSÃO
Levando o público a uma jornada imersiva reflexiva e muito particular, os espectadores vão, muitas vezes, do riso ao choro ao se identificarem diretamente com cenas e passagens do espetáculo, em uma atmosfera que facilmente transita entre a profundidade e a leveza das questões humanas e do tempo. Também por isso, a peça está em constante reformulação, se aperfeiçoando à medida que a discussão sobre o tempo tem ganhado cada vez mais espaço.

Produzido pela Dan Território de Criação, “Árcade” tem direção e dramaturgia assinadas por Thiago Romero, produção de Laíse Castro e assistência de direção de Antônio Marcelo. Completam a equipe Victor Hugo Sá, na iluminação, e Edeise Gomes na direção de movimento.

INTERIOR
A estreia e a passagem de “Árcade” pelas cidades do interior da Bahia para além de uma escolha, fazem parte da proposta conceitual do espetáculo. “Eu sou do interior, e estrear essa peça em Feira de Santana e poder circular com ela por diversas cidades da Bahia é especial. Acredito que o interior ainda não é um lugar onde estamos correndo contra o tempo como em outros lugares. Ainda se aproveita o tempo de uma forma mais árcade”, completou Daniel, que pretende seguir com apresentações também por outras cidades do interior do estado. 

DANIEL ARCADES
Daniel Arcades é escritor, ator, dramaturgo e diretor, nascido em Alagoinhas, interior da Bahia. Formado em Letras pela Universidade do Estado da Bahia e Mestre em Crítica Cultural pela mesma Universidade, é sócio fundador da DAN – Território de Criação, coordenador de roteiro da Tem Dendê Produções e trabalha constantemente com diversos coletivos artísticos e artistas da Bahia. Tem na carreira dois Prêmios Braskem de Teatro, de melhor autor pelo espetáculo “Rebola” (2017) e de melhor espetáculo por “NAU” (2022). Arcades é roteirista de dois curtas metragens: “Ainda te amo” (2016) e “As balas que não dei ao meu filho” (2018), que ganhou o prêmio Elo Company de distribuição no Panorama Coisa de Cinema 2018. Recentemente, trabalhou como um dos roteiristas do filme “Ó paí, ó 2”, e lançou seu primeiro livro “Trilogia da Chacina”. Atualmente, escreveu a nova montagem do Bando de Teatro Olodum, "A resistência cabocla" e circula com seu novo solo "Árcade – versos para olhar o tempo", com direção de Thiago Romero.