O documentário Caminhada Tupinambá de Olivença: Memória e Resistência estreia em 2025 com direção geral da Cacique Valdelice e co-direção de Maurício Galvão (Rede Amo), Arivaldo Publio (Ser Tão Filmes) e Jade Lobo, que também assina a pesquisa. A obra retrata a maior manifestação pública indígena da Bahia, realizada anualmente pelo povo Tupinambá, como expressão de luto, memória e resistência.
O filme revisita o massacre de 1559, considerado um dos maiores das Américas, e aborda a atual luta pelo reconhecimento territorial. Também destaca a chegada do Manto Tupinambá, símbolo espiritual e político do reencontro com os ancestrais.
A narrativa tem como figura central Maria Valdelice Amaral, conhecida como Cacique Jamopoty, primeira mulher cacique do Nordeste, liderança de 13 aldeias e articuladora do movimento indígena.
As gravações ocorreram na Aldeia Itapuã, no sul da Bahia, e no Rio de Janeiro, durante a recepção do Manto Tupinambá no país. O filme propõe uma imersão no território, nos rituais e nas vozes do povo Tupinambá.
As exibições ocorrerão em festivais, plataformas digitais e sessões comunitárias com oficinas de formação em audiovisual voltadas para jovens indígenas.
O projeto questiona narrativas históricas oficiais, bem como propõe novos olhares sobre o pertencimento e a construção de imaginários sociais.
“Não queremos só lembrar o passado. Queremos garantir que ele seja contado com verdade e respeito. Caminhar é afirmar que existimos”, afirma a Cacique Valdelice.
A pesquisa é assinada por Jade Alcântara Lôbo, doutoranda da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com passagem por Harvard. Assim, a caminhada Tupinambá de Olivença: Memória e Resistência propõe um manifesto audiovisual em defesa da escuta, da empatia e da valorização dos povos originários do Brasil.
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