Cássia Kis participou de um novo ato antidemocrático neste domingo (6), na Praça Duque de Caxias, no centro do Rio de Janeiro. A atriz de Travessia carregou uma imagem de Nossa Senhora Aparecida e fez orações no protesto que pedia intervenção do Exército Brasileiro no sistema político, o que é inconstitucional. Ela usava uma camiseta "aborto, não".
Apoiadora de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições em que o atual presidente saiu derrotado nas urnas, a veterana tem causado problemas na Globo ao se manifestar de forma preconceituosa em entrevistas e por comportamentos problemáticos nos bastidores.
Na sexta (4), o Notícias da TV antecipou que a artista foi denunciada por um grupo de pelo menos 15 artistas, entre atores, atrizes, diretores, roteiristas e produtores que trabalham na Globo.
Eles se juntaram para levar relatos ao compliance da emissora. Entre as denúncias, estão situações de homofobia dentro e fora do ambiente de trabalho, além de comportamento inadequado nos bastidores de Travessia e da série “Desalma’, do Globoplay.
A Globo afirmou que irá investigar as situações relatadas. "Não comentamos questões de compliance. A Globo tem um Código de Ética, que deve ser seguido por todos os colaboradores e igualmente por todas as áreas da empresa –e em nenhuma delas é tolerada qualquer forma de discriminação. Da mesma forma, tem uma Ouvidoria pronta para receber quaisquer relatos de violação, que são apurados criteriosamente", afirma.
No feriado do último dia 2, Cassia Kis já havia participado das manifestações golpistas no Rio de Janeiro. A artista foi ovacionada com aplausos, recebida como uma heroína por ter "enfrentado o sistema" da Globo e se juntou numa oração.
Além dos processos internos na emissora, o Grupo Arco-Íris, movimento que defende causas LGBTQIA+, protocolou uma ação contra a atriz sob a alegação de que ela foi homofóbica. Eles pedem R$ 250 mil de multa e uma retratação pública.
O pedido acontece após Cassia Kis disparar falas homofóbicas em entrevista à jornalista Leda Nagle no YouTube. A intérprete de Cidália em Travessia afirmou que casais homoafetivos "não dão filho", além de citar destruição da família e da vida humana.