Por pouco (e por amor) o Brasil não perde um dos seus religiosos mais queridos. A biografia de Padre Fábio de Melo, “Humano demais” (Globo livros), escrita por Rodrigo Alvarez, revela que a paixão por uma mulher o fez desobedecer os votos de castidade quando se preparava para virar padre. Meses antes, como conta o livro, ele jurara que não se relacionaria de maneira íntima com mulheres.
Mas o amor falou mais alto e ele, na época com 22 anos, se jogou nos braços daquela mulher, de 25. Era a segunda vez que Fábio se apaixonava (embora fizesse muito sucesso com as meninas) A primeira havia sido um romance adolescente, mas ele vivia naquele momento algo diferente, real e íntimo, como descreve a biografia. Com o namoro, veio também a vontade de ser pai.
Padre Fábio de Melo só não desistiu da vocação porque a amada, cuja identidade ele nunca pretende revelar (hoje ela é casada), mudou de cidade e decidiu dar fim ao relacionamento, principalmente ciente do dilema vivido por ele. “Nasceste pra ser padre… Segue a tua vida!”, disse ela.
Leia o trecho:
"A bela moça cujo nome não se deve pronunciar, pois está casada e Fábio de Melo sempre quis preservar sua privacidade… Aquela que mexeu com os hormônios do fráter dos pés à cabeça…
A catarinense de 25 anos que fez de tudo para que ele desistisse de ser padre e se tornasse um pai de família surgiu diante do seminarista quando ele ainda estava nos primeiros meses da faculdade de Filosofia, dando fim a anos de imaginação solitária de como seria afinal o contato mais íntimo com uma mulher, como seria despir?se e amá?la como um homem comum. Apenas alguns meses antes, Fábio José da Silva tinha jurado que nunca se relacionaria intimamente com mulheres e se dedicaria integralmente a seu compromisso com a Igreja. Não aguentou. Mais uma vez, foi humano. Humano demais.
Era 1993, Fábio tinha 22 anos, e a moça dos sonhos, descendente de italianos, alguns anos mais velha que ele, lhe fora apresentada por um semi? narista que costumava fazer missões em outras cidades e numa delas conhe? cera os pais “daquela moça maravilhosa”. Fábio acompanhou o amigo num almoço na casa da moça maravilhosa e voltou apaixonado. Até que, alguns dias depois, o amigo lhe procurou trazendo o recado importantíssimo: “É hoje, Fábio! Vai lá… ela tá te esperando!”.
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