A inquietude do artista soteropolitano Yan Cloud o levou para a música, e com isso canta sobre suas vivências desde 2015. Sempre conectado com suas raízes e ancestralidade, em 2022 decidiu criar o projeto do Baile Afropink, com intuito de celebrar a diversidade da nova música preta baiana. Nesse evento, o artista apresenta suas músicas autorais do primeiro disco, e singles lançados ao decorrer de sua carreira com banda completa, novos arranjos e repaginação de canções conhecidas pelo público.
O Baile Afropink já está em sua oitava edição, sendo seis delas realizadas em Salvador e uma em Aracaju, em Sergipe. Produzidas anteriormente de forma totalmente independente, a nova edição chega com uma roupagem mais robusta, e que acontece entre os meses de agosto e novembro de 2024, contando com 12 convidados que integram o conjunto de novos artistas pretos da Bahia, entre eles: Melly, RDD, Murilo Chester, Nêssa, Nininha, Maya, Di Cerqueira, Hiran, Gibi. Além disso, os DJs residentes da festa, Manigga e Pivoman, que trazem referências de músicas que permeiam o afrobeats nacional e internacional fazem a abertura dos shows.
“Estou muito animado em trazer a banda completa para os próximos shows, vai ser um marco para fechar a fase de Pinkboy e iniciar a nova que vem muito em breve. Fora que vai colar com a gente uma galera muito massa que eu ouço e admiro dentro da cena.”, disse o artista.
As próximas quatro edições do Baile vão acontecer no Largo Tereza Batista, no Pelourinho. E o melhor, de graça! Em paralelo aos shows também ocorrem oficinas de capacitação voltada à artistas independentes e pessoas da cadeia produtiva da música da nossa cidade. Os temas permeiam produção musical, planejamento estratégico de carreira, marketing para lançamentos musicais e assessoria de imprensa para lançamentos musicais.
As oficinas também são gratuitas para o total de 120 pessoas e vão ocorrer na Casa do Hip-Hop, conforme inscrição prévia para participar. Com isso, o Baile Afropink se posiciona muito além do que uma reunião de música black, mas também a valorização e visibilização de talentos musicais, sobretudo de pessoas pretas, periféricas e LGBTQIA+.
Ainda para este ano o artista pretende soltar o seu próximo álbum, o segundo da carreira, com faixas inéditas e outras surpresas. “Estou muito ansioso para mostrar as músicas do próximo disco, acho que vai ser bem vibes e a galera vai curtir muito”, brinca.
O projeto tem patrocínio da Budweiser e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.