O cantor Netinho estava pronto para retornar aos palcos após a pandemia, no Bloco ‘Por Amor ao Iate’, nas próximas semanas, mas foi pego de surpresa com a notícia de que a sua apresentação estava cancelada. A produção do evento optou por substituí-lo por Márcia Freire e ele foi avisado apenas através das redes sociais.
O principal motivo para a mudança teria sido devido às críticas que giravam em torno da contratação do artista, que é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e supostamente teria apoiado os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília no dia 08 de janeiro. O caso ganhou ainda mais notoriedade após Dr. Danilo Segundo, genro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), repudiar a presença do baiano no evento.
Na madrugada desta segunda-feira (16), Netinho utilizou suas redes sociais para demonstrar a insatisfação com toda a situação e fez três publicações com um longo desabafo.
“Em 2019 e em 2020 eu fiz o mesmo evento, lotado, que transcorreu sem quaisquer discursos políticos, sem violência ou confusão de qualquer espécie. Foram celebrações de amor, festa e muita alegria constatadas por todos que estiveram junto ao bloco, imprensa televisiva, radiofônica e escrita, e os que o viram passar pelas ruas. Recebi a notícia pública do cancelamento da minha participação através de Rede Social, mas sem qualquer documentação formal de encerramento ou prorrogação do show enviada a mim, mesmo com um contrato vigente” afirmou.
Ele afirmou ainda que é contra as manifestações antidemocráticas e disse que jamais apoiou os atos. “Em relação as fakes news espalhadas afirmando que eu teria incentivado atos de vandalismo e terrorismo, eu lamento, nego e reafirmo que sempre me manifestei a favor da família, da paz e do amor, que sempre fizeram parte do meu repertório da carreira bem sucedida e acompanhada de perto pelos sergipanos e por gente de todo o mundo”, continuou.
O cantor revelou ainda que vai acionar a justiça pelo ocorrido e afirmou que sabe separar sua carreira artística da sua escolha polícia. “Os que espalharam fake news me acusando de "incentivar e financiar o terrorismo”, coisa que eu nunca fiz em 56 anos de vida, terão que provar isso na Justiça. Não são fake news que irão apagar toda a minha história positiva de décadas com o povo de Aracaju e Sergipe. Eu NUNCA misturei política com a minha música, NUNCA, nem é agora que farei”, garantiu.
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