O deputado estadual Robinson Almeida (PT) disse que a nova derrota na Justiça Eleitoral do candidato a prefeito de Feira de Santana, Zé Ronaldo (União), já era esperada, pois, "Zé Ronaldo é Colbert" e não tem como "tapar o sol com a peneira", referindo-se que a aliança entre os dois políticos é pública na segunda maior cidade da Bahia.
Na quarta-feira (4), a Justiça Eleitoral rejeitou a ação impetrada contra a propaganda de rádio e televisão, do candidato a prefeito Zé Neto (PT), por mostrar que Zé Ronaldo tem, na gestão Colbert, secretários municipais com quem tem relação política e que participaram do seu governo, entre 2016 e 2018.
"Zé Ronaldo querer esconder da opinião pública seu vínculo com o desastre que é a administração Colbert Martins é algo surreal, escandaloso. Ele age com oportunismo, porque sabe o desgaste público que o prefeito, que, por sinal, coordena sua campanha, sofre na cidade. Zé Ronaldo e Colbert são a tampa e a panela, responsáveis pelo descaso e abandono em Feira", afirmou Robinson.
O parlamentar aponta que o próprio prefeito Colbert Martins, em entrevista recente, confirmou a participação e influência de Zé Ronaldo em seu governo.
"Ele mantém na gestão secretários que indicou pra Colbert, cargos de segundo e terceiro escalão, o próprio prefeito já declarou, em entrevista à imprensa, que o seu governo está entupido de Zé Ronaldo, que ele participa. Não tem como Zé Ronaldo esconder o que está explícito. Ele é Colbert, faz parte do desastre administrativo que abandonou a segunda maior cidade da Bahia. Juntos, são farinha estragada do mesmo saco", enfatizou Robinson Almeida.
Essa é a terceira derrota de Zé Ronaldo na Justiça, num intervalo de 72 horas. A primeira foi quando a justiça recusou a suspensão de qualquer propaganda institucional do governo da Bahia, em Feira de Santana. O candidato do União Brasil alegava um suposto favorecimento ao candidato Zé Neto (PT), argumento considerado inexistente pelo juiz Roque Ruy Barbosa de Araúlo.
A segunda foi quando tentou censurar as críticas ao BRT em Feira de Santana, implantado pelo grupo político que governa a cidade há 24 anos, mas que não se enquadra nos requisitos técnicos do modal.