O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o identitarismo e defendeu que o partido escolha como candidatos “lideranças reais” dos movimentos sociais. Em discurso durante o ato de filiação de Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo e ex-ministra de Estado, na sexta-feira (2), Lula expressou preocupação com a crescente tendência de atribuição de identidades como critério primordial para a seleção de candidatos políticos.
Na ocasião, o petista reforçou a importância de escolher candidatos com base em suas experiências, históricos e compromissos reais com as causas populares e progressistas. Ele ressaltou a necessidade de que os representantes políticos do PT tenham uma conexão autêntica com os movimentos sociais e uma trajetória de luta pelos direitos do povo brasileiro (veja vídeo abaixo).
"Eu quero me lançar porque eu sou branco, porque eu sou mulher, porque eu sou negro, porque eu sou indígena. Está errado!", afirmou o presidente, destacando sua discordância com a ideia de que a mera identidade pessoal seja justificativa suficiente para buscar cargos políticos de destaque.
O identitarismo, conforme o Brasil 247, é uma corrente política e social que coloca as identidades individuais no centro das preocupações políticas e sociais. Ele defende que a raça, gênero, orientação sexual, etnia e outras características pessoais devem ser consideradas como fatores primordiais na análise das desigualdades e na formulação de políticas públicas.