Um milhão, novecentos e sessenta e nove mil, setecentos e cinquenta e sete eleitores de Salvador estão em dia com a Justiça Eleitoral e deverão ir às urnas neste domingo (6) escolher os representantes para o Executivo e Legislativo. Para comandar uma capital com população estimada em 2,5 milhões de habitantes, conforme previsão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para este ano de 2024, seis candidatos colocaram os nomes à disposição: Bruno Reis (UB), Eslane Paixão (UP), Geraldo Júnior (MDB), Giovani Damico (PCB), Kleber Rosa (Psol), Silvano Alves (PCO) e Victor Marinho (PSTU).
Eleito no primeiro turno em 2020 com 64,20% dos votos, Bruno Reis chega ao pleito atual com status de favorito e com chances de repetir o feito de quatro anos atrás, quando derrotou Major Denice (PT), que obteve somente 18,86% da preferência do eleitorado. Em caso de êxito, garantirá mais quatro anos para o seu grupo político no comando de Salvador, que teve início com ACM Neto (UB) em 2012.
O prefeito busca a reeleição com uma chapa que repete Ana Paula Matos (PDT) como concorrente ao posto de vice-prefeita. À frente da coligação “O trabalho não para”, Bruno tem como partidos aliados PP, Republicanos, PDT, PL, PRD, DC, PRTB, Novo, Mobiliza, PMB, UB e a Federação PSDB/Cidadania. Até esta sexta-feira, o gestor havia arrecadado R$ 20,6 milhões para custeio da sua campanha. Do montante, R$ 19,6 milhões chegaram do diretório do seu partido, o União Brasil, e R$ 1 milhão saiu do PDT, partido da vice Ana Paula.
O vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB), disputa o Executivo soteropolitano pela primeira vez e tem no posto de candidata à vice-prefeita a ex-secretária de Assistência e Desenvolvimento Social da Bahia (Seades), Fabya Reis (PT). Representando o grupo político do governador Jerônimo Rodrigues (PT), Geraldo Júnior lidera a coligação “Salvador pra toda gente”, que reúne a Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV) e os partidos PSD, PSB, Podemos, Solidariedade, Avante e Agir. A candidatura do emedebista arrecadou R$ 3,8 milhões, sendo R$ 2 milhões do MDB e R$ 1,8 milhão do PT.
Depois de disputar o governo da Bahia pelo Psol em 2022, Kleber Rosa chega ao pleito deste domingo disputando votos do campo da esquerda com nomes como Geraldo Júnior, Eslane Paixão, Giovani Damico, Silvano Alves e Victor Marinho (PSTU). Tendo Dona Mira (Psol) como candidata à vice-prefeita, o socialista representa a Federação Psol/Rede e conseguiu obter uma receita de R$ 815 mil para os gastos de campanha.
A candidata Eslane Paixão (UP), que já disputou cargos eletivos como vereadora em 2020 e deputada federal em 2022, vai às urnas com Giovana Ferreira (UP) concorrendo ao posto de vice-prefeita. A campanha da prefeiturável do Unidade Popular arrecadou R$ 66.900,00 até esta sexta-feira.
Após ter disputado os cargos de vereador em 2020 e governador da Bahia em 2022, Giovani Damico (PCB) entrou na briga pela prefeitura de Salvador tendo Cheyenne Ayalla (PCB) na corrida pelo cargo de vice-prefeita. A campanha do candidato comunista arrecadou R$ 1.340,00.
O candidato Silvano Alves (PCO) foi o único postulante ao cargo de prefeito de Salvador que enfrentou revés na Justiça Eleitoral. Ele já havia concorrido a cargos eletivos em pleitos anteriores, e foi exatamente a ausência de prestação de contas das eleições de 2012 e 2018 que levou ao indeferimento da sua candidatura. Alves concorrerá ao Executivo com a candidatura sub-júdice, seus votos serão computados e permanecerão válidos até que o recurso seja julgado em última instância. O candidato a vice-prefeito é Roque Júnior (PCO). Até esta sexta-feira, a chapa não havia informado à Justiça Eleitoral se recebeu recursos financeiros.
Disputando um cargo eletivo pela primeira vez, Victor Marinho (PSTU) tem como candidato à vice-prefeito Edson Santana (PSTU). A campanha informou ter arrecadado R$ 41,5 mil para custeios da campanha.
RETRATOS
Pesquisas eleitorais são recortes do momento em que são feitas. No entanto, em Salvador, estes estudos de intenção de votos têm se confirmado nas urnas ao longo das últimas eleições para o Executivo.
A pesquisa divulgada mais recentemente, por exemplo, traz Bruno Reis (UB) com 74% das intenções de voto no cenário estimulado, quadro que levaria o gestor a ser reeleito em primeiro turno. O levantamento foi feito pelo instituto Paraná Pesquisas, sob encomenda pelo Bahia Notícias, Antena 1 e Grupo Aratu, e foi divulgado na última terça-feira (1º).
O vice-governador Geraldo Júnior (MDB) aparece em segundo lugar com 7,4%, seguido por Kleber Rosa (Psol), com 3,5%. Como a margem de erro é de 3,5% para mais ou para menos, o emedebista e psolista estão tecnicamente empatados.
No estudo do Paraná Pesquisas, os outros quatro candidatos, somados, tem 3,3% das intenções de voto. O eleitorado que não vota em nenhum prefeiturável representa 4,3%, e os eleitores que não sabem/não opinaram, 7,6%. A pesquisa ouviu 800 eleitores entre os dias 27 e 30 de setembro e está registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BA-00014/2024.
