Eleições 2024

Robinson Almeida critica desistência de Pablo Roberto e compara ação de Zé Ronaldo à de ACM Neto em 2022

A decisão de Pablo Roberto foi oficializada na quarta-feira (17)

Vagner Souza/Salvador FM
Vagner Souza/Salvador FM

O deputado estadual Robinson Almeida (PT) fez uma análise crítica sobre a desistência do deputado Pablo Roberto (PSDB) de disputar a prefeitura de Feira de Santana. Almeida apontou que a retirada de Pablo se deve ao "caciquismo que domina a oposição", mencionando diretamente figuras como ACM Neto, vice-presidente do União Brasil, e o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (UB).

A decisão de Pablo Roberto foi oficializada na quarta-feira (17), mesmo após suas repetidas declarações de que manteria sua candidatura até o fim. Essa mudança ocorreu pouco depois da divulgação da pesquisa IPM/Grupo Metropole, que projeta a vitória do deputado federal Zé Neto (PT) nas eleições municipais.

"Pablo foi entubado por Zé Ronaldo e ACM Neto. Ensaiou um voo próprio, mas foi abatido pelo caciquismo que domina a oposição", afirmou Robinson Almeida, destacando a influência de líderes partidários na retirada de candidaturas.

O parlamentar também traçou um paralelo entre a situação atual e o que ocorreu em 2022, quando, segundo ele, ACM Neto teria rifado a candidatura de Zé Ronaldo. "Zé Ronaldo fez com Pablo o que ACM Neto fez com ele em 2022: rifou sua candidatura de forma humilhante, pela força", comentou o deputado, enfatizando a recorrência dessas práticas políticas.

Robinson Almeida destacou que a retirada de Pablo Roberto reflete o temor de derrota do grupo liderado pelo atual prefeito Colbert Martins (MDB). "A retirada de Pablo da disputa foi por medo da derrota em Feira, que virá do mesmo jeito", declarou o deputado, referindo-se ao crescimento das intenções de voto em favor de Zé Neto.

De acordo com a pesquisa IPM/Grupo Metropole, Zé Neto lidera as intenções de voto para a prefeitura de Feira de Santana, contando com o apoio do presidente Lula, do governador Jerônimo Rodrigues, do ministro da Casa Civil Rui Costa e do senador Jaques Wagner, todos do PT. O petista tem 54,6% das intenções de voto, enquanto Zé Ronaldo aparece com 35,5%, apoiado pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).