O presidente do PT da Bahia, Éden Valadares, afirmou que o partido irá se dedicar em não só apoiar como participar ativamente da campanha do vice-governador Geraldo Júnior (MDB), pré-candidato da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), à Prefeitura de Salvador.
O dirigente partidário disse acreditar que as legendas que compõem o arco de alianças do governador apoiem o PT nas principais maiores cidades da Bahia – Feira de Santana, Vitória da Conquista e Camaçari.
"Com a responsabilidade que temos de ser o partido do presidente Lula e do governador da Bahia no quinto mandato, quem tem o presidente da República e quem tem pela quinta vez o governador, tem que saber ser apoiado e saber apoiar. Nós teremos provavelmente o apoio da nossa base nas principais cidades da Bahia, reivindicando para o PT essas candidaturas", afirmou, em entrevista à TV Aratu, nesta quinta-feira (4)
"Em Salvador, entendemos que a maioria dos partidos e das nossas principais lideranças é que Geraldo Júnior estava em uma condição um pouco melhor do que Olívia Santana (PCdoB) e Robinson Almeida (PT) para colocar o nome”, completou o dirigente, ao dizer que objetivo do grupo era manter a base a unida.
“Nós sempre defendemos o nome de Robinson desde que fosse para unificar o grupo. Se alguém unifica melhor, aí nós temos que manter, digamos, o motor girando porque o PT tem campanha de vereador para fazer, o PT quer ter participação no programa de governo de Geraldinho, o PT quer ajudar a dirigir a campanha, quer ter participação na mobilização", disse.
"Presença de rua nós faremos na campanha de Geraldo como faríamos na de Robinson ou de outro candidato nosso, até porque Geraldo é o candidato de Lula, é o candidato de Jerônimo. Sendo assim, o PT estará de corpo e alma e com dedicação total à candidatura de Geraldinho”, acrescentou Éden.
Ampliação de vereadores
O dirigente partidário ressaltou ainda que, além de apoiar a candidatura de Geraldo Júnior, o PT vai trabalhar para ampliar o número de vereadores, não só em Salvador, mas em todo o estado nas eleições municipais de 2024.
O petista explicou ainda que o fato de o PT não ter um candidato na cabeça de chapa, como na capital baiana, por exemplo, não interfere nos votos que serão dados aos vereadores, ainda mais com o advento do instituto da Federação, que começará a valer nas eleições municipais a partir do próximo ano.
“Na eleição passada, Lula ganhou na Bahia com quatro milhões e meio de votos, Jerônimo teve quatro milhões e meio de votos para governador. Ou seja, nós ganhamos para presidente e para governador, mas a votação na legenda do 13 caiu”, disse Éden, ao explicar que não há uma relação necessariamente direta entre a representação na chapa majoritária e o aumento de votos para o legislativo.
Sobre a Federação, Éden afirmou que “tem que pegar três partidos grandes e tradicionais da esquerda como são o PCdoB, PV e PT e montar uma tática eleitoral, uma chapa de vereadores que alcance o maior número de segmentos da sociedade, de categorias, de trabalhadores, de bases de comunidades numa distribuição espacial, regional territorial que ocupe a cidade, mas que também consiga dialogar com as mulheres, com o movimento negro, com a universidade. Então tem o desafio grande”.