Um levantamento realizado pela Folha aponta que apenas um em cada cinco pré-candidatos às Prefeituras de capitais são mulheres. Em números gerais, ao menos 172 postulantes são cotados para concorrer ao Executivo municipal nestas cidades e, destes, apenas 37 são do gênero feminino, o equivalente a 20% do total.
Mesmo com os incentivos da Justiça Eleitoral por mais diversidade de gênero, o avanço das candidaturas femininas esbarra nas máquinas partidárias, pressão por anistias, disputas internas e negociações de alianças – a legislação determina que os partidos lancem ao menos 30% de candidatas mulheres nas chapas proporcionais e que destinem o mesmo percentual do fundo eleitoral para o custeio de gastos de candidaturas femininas.
Faltando pouco mais de três meses para as convenções, nove capitais têm apenas homens entre os pré-candidatos a prefeito, incluindo Rio de Janeiro e Salvador – Bruno Reis (União), Geraldo Júnior (MDB) e Kleber Rosa (PSOL). Na contramão, Aracaju é a única das capitais que tem maioria feminina entre as pré-candidaturas, com seis mulheres na disputa.
Nas eleições de 2020, apenas 12% dos prefeitos eleitos eram mulheres, segundo levantamento do Instituto Alziras, organização que se dedica a ampliar e fortalecer a presença de mulheres na política e na gestão pública. Dentre as capitais, apenas uma mulher foi eleita: Cinthia Ribeiro (PSDB), em Palmas (TO).