Eleições 2024

Após romper com PT, Psol elabora projeto para 2024 que visa integrar Salvador ao Recôncavo

O parlamentar adiantou ao Portal que o projeto terá como foco a ligação entre Salvador, as cidades do Recôncavo e da Região Metropolitana.

Reprodução/redes sociais
Reprodução/redes sociais

Após decidir por desembarcar do Conselho Político do governo Jerônimo Rodrigues (PT), e de orientar que os seus militantes renunciem aos cargos de confiança que ocupam na gestão, o Psol tem articulado para construir um projeto político que visa a integração entre Salvador, os municípios do Recôncavo da Bahia e da Região Metropolitana, segundo informou o deputado estadual Hilton Coelho ao Portal Salvador FM nesta segunda-feira (18). 

Confome o deputado, a Federação PSOL/Rede ainda analisa o nome que apresentará o que ele chamou de "Projeto de Cidade" para a capital baiana nas eleições de 2024. Ligado a pautas e movimentos da educação e da saúde, o deputado afirmou ao Portal que o seu nome está colocado como uma das alternativas, mas lembrou de Tâmara Azevedo, Kleber Rosa e Marcos Mendes como possíveis porta-vozes do projeto que a sigla elabora para a capital.

"O nosso nome está colocado como possibilidade mas, mais do que isso, o Psol vai oferecer outros nomes. A nossa motivação [em referência ao seu nome] pela política de Salvador já é conhecida pela educação, até pela rede municipal. Tem milhares de pesquisadores aí, tem área de saúde. Tem o problema da mobilidade, da moradia. Nós temos proximidade com esses temas. Pela nossa trajetória, não falta motivação", considerou.

Integração 

O parlamentar adiantou ao Portal que o projeto terá como foco a ligação entre Salvador, as cidades do Recôncavo e da Região Metropolitana. A ideia, segundo o Coelho, é dar vasão para a produção de alimentos desses municípios. A proposta de integração contemplará, ainda, trens que liguem as diferentes regiões. 

"O que o Psol vai trazer com muita força é a intercessão entre duas regiões: Recôncavo e Região Metropolitana. Nós queremos discutir a questão da fome em Salvador e a produção do Recôncavo", antecipou, citando culturas típicas da região que podem ser escoadas para a capital. "Nós queremos fazer uma relação direta, para fortalecer a questão agrícola e territorial. A gente vai apresentar a questão do solo e moradia […] questões como a integração regional, um trem moderno, como outros países do mundo fizeram. Então, a Bahia faz a mesma coisa, com projeto de mobilidade regional", acrescentou. 

Trânsito 

Apesar do desembarque do Conselho Político e a renúncia de cargos no governo da Bahia, o deputado afirmou, na condição de representante do Psol que, na Câmara de Salvador, a sigla continuará no bloco de oposição ao prefeito  Bruno Reis (União).

"Continuaremos na mesma posição na Câmara de Vereadores. Nós temos uma unidade crítica, que está fazendo uma oposição ao prefeito", afirmou.

Ele lembrou que, agora, a deliberação do partido é para subir o tom com o governo. "Nossos militantes estão autorizados a aumentar o tom sobre as questões do governo", afirmou, lembrando que a sigla já tinha se posicionado dessa forma quando o Partido dos Trabalhadores desautorizou o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, a comparecer à audiência da Comissão de Segurança Pública e Direitos Humanos da Assembleia.