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PR deve esperar primeiros projetos de Bolsonaro na Câmara para anunciar posição no governo

O militar de linha conservadora conta com o apoio de Eduardo Bolsonaro (PSL) para disputar a cadeira com o candidato à reeleição Rodrigo Maia (DEM)

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PR deve esperar primeiros projetos de Bolsonaro na Câmara para anunciar posição no governo

O PR deve esperar até aderir a um virtual governo de Jair Bolsonaro (PSL) no próximo ano. Com deputados federais descrentes, mas ainda ligados a Fernando Haddad (PT), o partido também deve aguardar para anunciar se lança ou não o nome de Capitão Augusto (PR) à Presidência da Câmara. 

O militar de linha conservadora conta com o apoio de Eduardo Bolsonaro (PSL) para disputar a cadeira com o candidato à reeleição Rodrigo Maia (DEM), mas ainda não tem o sinal verde do seu partido para concorrer. Caso faça oposição a Bolsonaro, o PR pode escolher apoiar Maia e deixar que o capitão se lance de maneira avulsa ao posto. 

“O PR vai esperar Bolsonaro elaborar as primeiras propostas para Câmara para, em cima delas, tomar uma decisão se realmente vai dar apoio político ou não ao seu governo”, explicou o deputado federal José Rocha (PR). 

Apesar de declarar neutralidade nacionalmente, o PR tem alguns nomes com Fernando Haddad (PT), como o do deputado federal Zé Rocha. Nos bastidores, porém, esses parlamentares que estão com o ex-prefeito de São Paulo desacreditam em uma virada petista nas urnas no próximo domingo (28). “Será uma eleição difícil. Existe um favoritismo para Bolsonaro, mas não é nada definitivo”, minimizou o deputado baiano.

PARTIDO MILITAR BRASILEIRO
Para à presidência da Casa, Rodrigo Maia até o momento reúne as melhores condições para se eleger. O deputado tem apoio de grande parte do centrão – bloco formado por DEM, PP, PR, Solidariedade, PRB, PSC e PTB, e de siglas da esquerda como PT e PCdoB. 

Com o apoio dos Bolsonaros e da bancada do PSL na Câmara, o PR pode ter na figura de Augusto uma candidatura competitiva para a disputa. A avaliação, no entanto, é que o partido precisa aguardar o fim do segundo turno das eleições presidenciais e da postura assumida com a neutralidade para tomar qualquer decisão.

Capitão Augusto é paulista e exibe sua farda militar no Congresso Nacional. Neste ano, o deputado tentou criar o Partido Militar Brasileiro, mas não obteve assinaturas suficientes para protocolar o projeto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Bn // AO