Na ladeira da Soledade, ainda são visíveis as marcas da tragédia que acarretou na morte de três pessoas da mesma família, no último dia 24. Até esta quarta-feira, 3, a Defesa Civil (Codesal) não havia retirado os escombros do local. Um trecho da via continua interditada e a Escola Estadual Carneiro Ribeiro Filho segue com as aulas suspensas.
A Procuradoria Geral do Município (PGE), por meio da assessoria de comunicação, informou que deve concluir, até o final desta semana, a análise dos documentos relativos ao casarão e outros imóveis tombados considerados em risco.
O material foi encaminhado para a gestão municipal pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac).
Somente após a avaliação dos documentos, a Defesa Civil de Salvador poderá efetuar qualquer ação com segurança.
Já a Secretaria Estadual da Educação (SEC), por meio de nota, comunicou que a suspensão das aulas é para manter a segurança da comunidade escolar e o retorno das atividades está condicionado ao fim da interdição da região onde o colégio está localizado.
Atraso
Ao chegar na instituição, a ausência dos alunos confirmava mais um dia de atraso no calendário letivo. Trabalhando em uma sala improvisada, o diretor Ednaldo Freitas cumpria a determinação da Defesa Civil.
No espaço onde funcionam as salas da diretoria e da vice-diretoria, funcionários atuavam no isolamento da área como orientou o órgão.
Preocupado com as suspensão das aulas e com a estrutura do estacionamento que foi afetada pelos destroços do antigo casarão, Ednaldo disse que aguarda uma posição da SEC.
“Hoje tenho reunião na sede da secretaria para definir a reformulação do calendário e quando será possível o retorno das aulas”.
O diretor informou que, também, tem encontrado representantes do grêmio estudantil da instituição de ensino e do colegiado escolar para que todos acompanhem os trâmites seguidos para a retomada do ano letivo.
A coordenadora de comunicação do grêmio estudantil, Marta Mattos, 18 anos, disse que alguns estudantes estão pensando em fazer manifestação. “Será que secretário de educação vai esperar que a gente faça uma manifestação para retomar as aulas?”, questionou.
A professora de história Gissele Raline destacou que o impasse entre a prefeitura e o estado tem dificultado o retorno das aulas no prédio atingido pelo desabamento do casarão. “Enquanto eles discutem o que vão fazer, permanecemos com o calendário comprometido”.
(A Tarde) (AF)