Educação

Em greve, professores municipais se reúnem nesta quinta com prefeitura

Categoria decretou paralisação em assembleia realizada na quarta-feira

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Os professores da rede municipal de Salvador, em greve a partir desta quinta-feira (3), vão se reunir no Ministério Público com a Secretaria Municipal da Educação, comissão de educação da Câmara de Vereadores e a APLB. O encontro será às 14h30 desta quinta-feira, na sede do MP. As informações são da diretora do sindicato, Elza Melo. Segundo ela, a categoria está fazendo um levantamento para saber quantas escolas e professores aderiram ao movimento.

“Estamos fazendo o levantamento, recebendo informações de quantas escolas estão paradas e quantos professores aderiram à greve. À tarde teremos audiência no MP", informou Elza Melo em entrevista ao G1. Por meio de nota, o secretário municipal de Educação, Guilherme Belintanni disse que, no mínimo, 30% das escolas estão com aulas e espera que os professores grevistas retornem às atividades o mais rápido possível.

Greve
Os professores municipais de Salvador decretaram greve por tempo indeterminada em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (2), no Estádio de Pituaçu, em Salvador.

A categoria reivindica que um terço da jornada integral do professor, que pode ser de 20h ou 40h semanais, seja reservada para trabalhos extra classe. De acordo com Elza Melo, diretora da Associação dos Professores Licenciados da Bahia (APLB), as escolas municipais da capital baiana já terão as aulas suspensas a partir da noite desta quarta.

A sindicalista explicou que, para que a reserva de horário seja cumprida, a prefeitura terá que contratar novos professores. "Quando formos desenvolver as atividades extra classe, o aluno não vai para casa. Ele fica na sala com o professor substituto", afirma.

Através de sua assessoria, o secretário municipal de Educação, Guilherme Bellintani, afirmou que "82% das escolas já estão com a jornada integral implantada e que as 18% restantes terão implementadas a jornada até o dia 10 de março".

"A Prefeitura vai gastar por ano R$ 80 milhões para implantar a jornada integral. Tudo foi feito com muito diálogo. Agora a radicalização de um grupo pode prejudicar toda uma classe. Mas tenho certeza que o bom senso prevalecerá e a paralisação terá curta duração, até porque os alunos não podem ser prejudicados”, acrescentou Bellintani.

 Foto:  Ilustração