Economia

Sem reajuste desde 2018 comerciários alegam dívida de R$ 130 milhões. Lojistas negam débito

A falta de reajuste salarial e acordo para convenção coletiva fez os empresários do comércio da Bahia somarem R$ 130 milhões de reais em dívidas com os trabalhadores

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Presidente do Sindicato dos Lojistas alega que essa divida não existe, pois, não existe nenhum documento assinado - Foto: Uendel Galter | Ag. A TARDE

 

A falta de reajuste salarial e acordo para convenção coletiva fez os empresários do comércio da Bahia somarem R$ 130 milhões de reais em dívidas com os trabalhadores. A informação é do presidente do Sindicato dos Comerciários Renato Ezequiel que alegou um prejuízo médio de R$ 15 milhões por cada feriado que o comércio de Salvador não abriu por falta de um acordo estabelecido entre os presidentes dos sindicatos.

"Nós estamos sem reajuste desde março de 2018. São quase dois anos. Uma divida que chega a quase R$ 130 milhões de reais que poderiam ser aplicadas na economia da cidade.

Nós estamos lutando pelos direitos dos trabalhadores e não vamos abrir mão desse dinheiro que temos para receber. Esse problema já estaria resolvido se os lojistas tivessem assinado a convenção coletiva que regulariza os direitos e deveres de patrões e empregados. Sem ela esses problemas vão acontecer sempre", explicou.

O presidente do Sindicato dos Lojistas, Paulo Mota, alega que essa divida não existe, pois, não existe nenhum documento assinado. "Você observa o seguinte.

Se houvesse uma convenção os reajustes teriam sido aplicados. Sem convenção não tem reajuste e por isso não tem divida também. Só existiria a dívida se nós os lojistas assinássemos um termo nos comprometendo a dar um reajuste retroativo a 2018, coisa que não vai acontecer, por isso não existe essa divida", explicou.

Mota ainda garante que algumas empresas estão dando reajuste regularmente para seus funcionários em acordos individuais. "Nós temos hoje algumas empresas dando reajuste as seus funcionários. Nós não recomendamos que isso aconteça. A posição do Sindilojas é não haver reajuste sem a convenção, mas nós não impedimos que algumas empresas façam acordos com seus funcionários", explicou.

 

A Tarde/// Figueiredo