Os contratos futuros de petróleo voltaram a fechar no maior nível em três anos e meio nesta quarta-feira, 16, após um recuo visto no volume estocado da commodity tanto nos Estados Unidos quanto na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em alta de 0,25%, a US$ 71,49 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para entrega em julho avançou 1,08%, a US$ 79,28.
Em relatório mensal divulgado, a Agência Internacional de Energia (AIE) diminuiu as previsões do crescimento da demanda neste ano de 1,5 milhão de barris para 1,4 milhão de barris, uma mudança atribuída ao aumento dos preços do petróleo. No entanto, a AIE também informou que os estoques comerciais da OCDE tiveram queda de 26,8 milhões de barris em março em relação ao mês anterior, para 62,819 bilhões de barris.
Esse nível está 1 milhão de barris abaixo da média em cinco anos, que tem sido utilizada para avaliar o processo de reequilíbrio do mercado.
Para alguns analistas, o relatório da AIE foi pessimista quanto à demanda por petróleo. “Reconhecemos o risco de preços mais altos reduzindo a demanda, mas dada a força da procura pelo óleo no primeiro semestre de 2018, o sólido crescimento da demanda econômica global e a capacidade ociosa estimada da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) disponível para manter o mercado global suprido, prevemos um crescimento mais forte da demanda por produtos”, disse o analista Roger Read, do Wells Fargo, em nota a clientes.
Os preços do óleo também foram ajudados pelo relatório semanal de estoques do Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês), que mostrou queda de 1,4 milhão de barris de petróleo na semana passada, enquanto analistas esperavam recuo de 400 mil barris. Já o volume estocado de gasolina caiu 3,8 milhões de barris, enquanto a estimativa de baixa era de 1,2 milhão de barris. “No geral, foi um relatório bastante otimista e o declínio nos estoques está aumentando”, disse Kyle Cooper, consultor da ION Energy. (Com informações da Dow Jones Newswires)
Estadão Conteúdo // ACJR