A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (1) o corte de até 30% nos salários dos funcionários da estatal. Segundo a empresa, as medidas são "necessárias para assegurar a sustentabilidade da companhia nesta que se configura a pior crise da indústria do petróleo nos últimos 100 anos".
Os cortes variam de acordo com o cargo ocupado, e pode ir de 10% a 30%. A medida, segundo o comunicado, seria para poupar aproximadamente R$ 700 milhões em despesas com pessoal.
"Medidas incluem nova restrição na produção que totaliza 200 mil barris diários, cortes adicionais em gastos com pessoal e iniciativas de economia na Transpetro", complementa.
Além do corte, outras medidas serão a mudança temporária de regimes de turno e de sobreaviso para regime administrativo de cerca de 3,2 mil empregados e a redução temporária da jornada de trabalho, de 8 horas para 6 horas, de cerca de 21 mil empregados.
"O cenário atual é marcado por uma combinação inédita de queda abrupta do preço do petróleo, excedente de oferta no mercado e uma forte contração da demanda global por petróleo e combustíveis. Estas novas medidas envolvem redução da produção de petróleo, postergação de desembolso de caixa e redução de custos", acrescenta a empresa.
A Transpetro, subsidiária integral da Petrobras, também aprovou plano de resiliência, que consiste em medidas para reduzir a estrutura de custos, tanto de gastos operacionais quanto de investimentos, postergando ou otimizando desembolsos, no valor de R$ 507 milhões em 2020.
A companhia revelou que segue monitorando o mercado e, em caso de necessidade, realizará novos ajustes.
bnOTÍCIAS/// Figueiredo