Os consumidores da capital baiana ainda estão sofrendo com a falta do gás de cozinha. Pontos de revenda do botijão de 13 kg estão ficando regularmente sem estoque, situação que passou a ocorrer com a greve dos caminhoneiros, que aconteceu no final do mês de maio.
Em uma unidade da Ultragaz, localizada na Rua Quinta dos Lázaros, na Cidade Nova, o estoque ficou zerado no fim de semana. “Mas já foi normalizado com o carregamento que chegou na manhã dessa segunda-feira”, explica um vendedor, sem saber explicar o motivo do desabastecimento.
Com a falta do produto, o preço dispara. O valor médio estimado pelo Sindicato dos Revendedores de Gás LP do Estado da Bahia (Sinrevgas) é de R$ 65, mas alguns estabelecimentos chegam a ofertar R$ 77.
No bairro do Matatu, um ponto de revenda da Brasilgás oferece duas opções: R$ 72 no dinheiro e R$ 75 no cartão.
O mais caro identificado fica situado na Rua Marquês de Maricá, no bairro Caixa D’água. A Ultragaz da região vende o botijão de 13kg por R$ 75 à vista. Se for no cartão, sai por R$ 77.
“O estoque foi reduzido em 50%. A gente pegava 216 botijões, agora só pode pegar 120. Para ficar sendo revendido em todos os bairros da cidade, alguns pontos tiveram o limite máximo de compra reduzido. Demanda aumenta e o preço também”, explica um entregador.
Sem justificativa – O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) informou, segundo a Tribuna da Bahia, que desconhece qualquer tipo de desabastecimento no estado, pontuando que houve apenas um problema na entrega há cerca de duas semanas, mas que já havia sido regularizado.
Resposta semelhante a do Sindicato dos Empregados das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo do Estado da Bahia, que também informou desconhecer o desabastecimento.
“No quesito das distribuidoras, está tudo dentro da normalidade, havendo alterações somente nas questões de preço, devido aos aumentos recentes da Petrobras. Houve, durante e depois da greve, maior demanda porque ficou muito gás retido na estrada. Mas, a nível das distribuidoras, está tudo ok. Até porque hoje quase toda produção é feita em Mataripe, então não há engarrafamento”.
Bahia;ba//// Figueiredo