Um mês após deixar a presidência da Petrobrás no polêmico episódio da redução dos preços dos combustíveis para colocar fim à greve dos caminhoneiros, Pedro Parente fez, na terça-feira, 03, críticas à governança pública e ao fragmentado modelo político brasileiro, que resulta em aparelhamento de órgãos que deveriam ser pautados pelas decisões técnicas. “Não sou otimista sobre o assunto.”
“O planejamento e a gestão púbica não existem porque existem 26 partidos representados. E a pergunta que vem é: essa é melhor maneira de gerir?”, disse o ex-presidente da Petrobrás, agora no comando da BRF, durante debate promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
No discurso de abertura no evento, o presidente Michel Temer elogiou Parente, apesar de ele ter deixado a estatal. “Há dois anos, a Petrobrás representava um exagero, quase um palavrão, e Parente foi lá para recuperá-la e o fez ao longo desse período.”
Estadão Conteúdo // ACJR