Os governos estaduais deflagraram uma articulação junto ao Congresso Nacional para incluir na reforma tributária dois fundos bilionários de compensação para os Estados e municípios. A estratégia é tentar contornar a resistência da equipe econômica a esses repasses, que somariam R$ 485 bilhões em dez anos.
O impasse é considerado um dos pontos mais delicados das negociações. Na sexta-feira, 25, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), defendeu um “freio de arrumação” na reforma tributária e argumentou sobre a necessidade de convidar o ministro da Economia, Paulo Guedes, para prestar esclarecimentos.
Os governos querem usar parte da alíquota do novo imposto sobre valor agregado (IVA), que vai ser criado com o objetivo de fundir outros tributos, para irrigar os fundos. Guedes, por sua vez, vê nessa proposta uma tentativa de “sangrar” os cofres da União.
Estadao ///Figueiredo